Ao anunciar a construção da P-63 no Estado, nesta terça-feira (23), a governadora Yeda Crusius afirmou que a plataforma consolida o pólo naval de Rio Grande. A confirmação demonstra que o Rio Grande do Sul é um ótimo lugar para os investidores, disse Yeda. A P-63 vai gerar 2 mil empregos diretos a partir de 2010, com investimentos que passam de R$ 1 bilhão. A empresa vencedora da licitação foi a Quip SA, a mesma que construiu a P-53, também em Rio Grande.

A construção da plataforma da Petrobras terá efeitos em todas as regiões do Estado, ampliando a necessidade de mão-de-obra. A P-63 é do tipo FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) com capacidade para processar até 150 mil barris de óleo por dia. Ao contrário da P-53, a nova plataforma terá capacidade de armazenamento e será produzida na sua quase totalidade em Rio Grande, com exceção do casco.

A integração da plataforma, da construção e da montagem dos módulos, demonstram a maturidade da indústria naval gaúcha, disse o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Márcio Biolchi. Segundo ele, o Estado ganhou competitividade com o ajuste fiscal e o governo pôde dar condições para suprir as necessidades da Zona Sul, como infra-estrutura e logística.

P-53 foi entregue em outubro

A P-53, construída em Rio Grande e entregue em outubro, tem capacidade para produzir 180 mil barris por dia (bpd) de petróleo e comprimir 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás. Sediada no Campo de Marlin Leste, a plataforma contribuiu para auto-suficiência do país na produção nacional de petróleo.

A Quip, consórcio responsável pela construção e integração dos módulos da P- 53, investiu R$ 20 milhões em sua infra-estrutura junto ao Porto Novo do Rio Grande. O consórcio utilizou 55% de mão-de-obra gaúcha no trabalho de construção e interligação dos módulos.