Governadora visita Departamento Médico Legal
Publicação:

A governadora Yeda Crusius esteve no Departamento Médico Legal (DML) na tarde desta quarta-feira (8), verificando as condições de atendimento à população e de trabalho dos técnicos no local. Acompanhada do secretário da Segurança, José Francisco Mallmann, Yeda percorreu todo o prédio do Instituto Geral de Perícias, onde está situado o DML, dando continuidade ao seu projeto de verificar as condições de órgãos estatais vitais para o atendimento ao cidadão e promover as modificações que forem possíveis a fim de melhorar o serviço prestado. Esta visita, como outras que farei a órgãos públicos, tem como meta adotar as providências que puderem ser feitas a fim de dar uma nova gestão e, principalmente, poder proporcionar uma outra face do serviço público ao cidadão que precisa deste tipo de atendimento, afirmou a governadora. Esta foi a primeira vez que um governador visita o DML e a segunda vez que o órgão recebe um secretário de Segurança. A observação foi feita pela direção e médicos responsáveis pela instituição, que foi fundada em 1841. Antes de percorrer as instalações do local, a governadora e o secretário de Segurança assistiram a um vídeo mostrando o trabalho realizado pelo órgão e que vai desde a necropsia de cadáveres até o atendimento psicológico das vítimas de abuso sexual ou de outras formas de violência, assim como aos seus familiares. Conforme a governadora e o secretário Mallmann puderam constatar, o trabalho realizado pela equipe do DML além de completo, em nada fica devendo para países mais evoluídos, apesar da precariedade de alguns setores do prédio que, por ser antigo, está necessitando de algumas reformas. Já existe um projeto para a construção de um novo prédio para o DML, que foi assim denominado em 17 de julho de 1997. É necessário também aumentar a capacidade de armazenagem de cadáveres, assim como trocar o sistema atual, que utiliza gás de amônia no ambiente onde ficam os corpos e que necessita ser trocado. Hoje, o Departamento Médico Legal, um dos principais órgãos do IGP, possui 57 gavetas para colocar os cadáveres, além de uma antecâmara, onde é possível recolher mais 19 corpos. Porém, segundo o diretor João Luiz Corso, é necessário aumentar a capacidade de armazenagem de cadáveres, pois eles são enviados de todo o Estado. A média diária é de 16 necropsias, mas aos finais de semana este número se eleva pra 34. Hoje o IGP possui quatro viaturas para buscar os corpos ou vítimas de violência e que também são insuficientes, problema que também foi levantado para a governadora. Muitos serviços são prestados dentro do DML, embora a necropsia seja o mais conhecido e procurado. O órgão possui vários setores e tipos de atendimento, como Odontolegal, perícia clínica, sala de antropologia forense e de necropsia, netologia;clínica médica geral, para vítimas com vida, geralmente crianças, adolescentes e mulheres vítimas de abuso sexual e de violência física. O IGP, através de seus vários setores, é um dos mais completos do país e, no caso do reconhecimento dos corpos das vítimas do acidente da TAM, teve um importante papel no auxílio aos colegas peritos de São Paulo. Para melhorar ainda mais o atendimento, falta à construção de um novo prédio para ampliação do necrotério e algumas melhorias na instalação da refrigeração do local. Humanização Depois de percorrer e conhecer todos os setores do DML, inclusive a câmara onde ficam os cadáveres, Yeda Crusius ressaltou que seu objetivo ao visitar as várias instituições que prestam atendimento à população gaúcha - no último dia 30 ela esteve no Hospital Psiquiátrico São Pedro e, em breve irá a outros locais - é humanizar o serviço público, onde quer que ele seja realizado. Questões como o abuso sexual e a violência contra crianças, adolescentes e mulheres preocupam a governadora. Precisamos aperfeiçoar o atendimento a este tipo de violência para que as pessoas procurem os órgãos responsáveis se sentindo amparadas, acrescentou Yeda. Conforme a governadora, o serviço público tem que fazer o possível e o impossível a fim de proporcionar o mínimo de bem-estar aos cidadãos que têm necessidade em determinados momentos de suas vidas em procurar locais como o DML, por exemplo. São sempre momentos dolorosos e difíceis, mas cabe a nós, governo e funcionários, fazer com que as pessoas não se intimidem e saibam que podem contar com o apoio das instituições públicas, acrescentou.