Governo aceita nove dos 15 itens apresentados pelas centrais sindicais
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Alterações e enquadramento de categorias em outras faixas salariais e inclusão de trabalhadores no piso regional foram as primeiras conquistas do grupo que está debatendo o tema na sua primeira reunião de trabalho nesta segunda-feira (19). A comissão aceitou nove dos 15 itens apresentados pelas centrais sindicais. Com relação ao reajuste do salário mínimo estadual, o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, adiantou que o governo deve apresentar o novo índice no próximo encontro do grupo, que ocorre nesta sexta-feira (23). Apesar do convite da Casa Civil, os representantes dos empresários não compareceram ao debate. No entanto, Záchia reiterou a disposição do Executivo de discutir o tema com o empresariado e antecipou que reforçará o convite para a nova reunião. Conforme a proposta debatida, estão incluídos no processo as seguintes categorias: empregados em hotéis, restaurantes, bares e similiares, em empresas de asseio e conservação, nas distribuidoras cinematográficas e do setor de telecomunicação e operadores de telemarketing, inicialmente todos ficaram na faixa 1. Os trabalhadores do ramo imobiliário foram contemplados com a inclusão na faixa 4 do piso regional. Proteção aos trabalhadores O presidente estadual Central Única dos Trabalhadores (CUT), Celso Woyciechowski, explicou que a inclusão de novas categorias representa uma proteção legal a esses trabalhadores não contemplados pela lei. Avançamos nesse sentido. Agora, com o trabalho da comissão ao longo do ano vamos batalhar para elevar a faixa dessas categorias, afirmou. Mesmo com as novas conquistas, o sindicalista lamentou a ausência dos empresários no encontro. O empresariado não participou de um debate que é de fundamental importância para economia do Estado. Quando se discute salário, discute-se desenvolvimento para o Estado, criticou. Na reunião desta manhã, ficou definido ainda que os empregados da indústria da alimentação passarão da faixa 3 para a faixa 4; da área da saúde ficarão na faixa 4 e não mais na 2; a faixa dos comerciários será alterada da 3 para 4 e os trabalhadores na indústria do calçado e vestuário passarão da 2 para 3. De acordo com Woyciechowski, essas alterações não irão gerar qualquer impacto na economia gaúcha, visto que as categorias beneficiadas já possuem piso próprio ou salário médio superiores ao piso regional. A intenção, de acordo com o presidente da CUT, é dar segurança da manutenção dos salários, propiciando algum ganho real aos trabalhadores e ao mesmo tempo respeitar a capacidade de pagamento das empresas. Além do presidente da CUT, participaram da audiência representantes Força Sindical Nilton Neco, da Central Autônoma dos Trabalhadores Mauro Silva, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul Nelson Wied e do Diesse Cássio Calvete. O governo também foi representado pela secretária substituta da Justiça e Desenvolvimento Social, Dora Saikoski, pelo chefe de gabinete da Casa Civil, Almeri Reginatto, e pelo técnico da Secretaria da Fazenda Alexandre Alves Porsi. Valores atuais das quatro faixas salarias do piso regional: Faixa 1 - R$ 405,95 Faixa 2 - R$ 415,53 Faixa 3 - R$ 424,69 Faixa 4 - R$ 441,86.