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Governo amplia capacidade de armazenagem pública de grãos no Porto do Rio Grande

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A reestruturação financeira e de infraestrutura da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), que saiu de uma dívida histórica para o lucro no último período, teve mais um avanço nesta terça-feira (26).

Em Rio Grande, a construção de um tombador - que substitui a retirada manual de grãos dos caminhões por um sistema mecânico - e a retomada do funcionamento de três células aumentarão a capacidade de armazenamento e reduzirão o tempo de descarregamento dos produtos que chegam e saem do Porto todos os dias.

Além disso, a agilização do chamado alfandegamento junto à Receita Federal possibilitará à Cesa estocar grãos que vêm de fora e os que são exportados para outros países. Trinta por centro do arroz exportado passa pela unidade de Rio Grande.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio pretende interligar as unidades da companhia de Cruz Alta, Capão do Leão e Rio Grande com a de Porto Alegre num projeto mais ousado, envolvendo o transporte férreo, segundo o secretário Luiz Fernando Mainardi. Sem dar mais detalhes, Mainardi adiantou que uma reunião prevista para a metade do mês vai tratar do tema.

A unidade é viável. E a de Rio Grande é que dá mais lucro. Além de agilizar o trabalho que antes era feito manualmente, recuperamos as funções públicas do Estado, mesmo com um atraso de 20 anos em relação a outras unidades. Mais três anos e a Cesa estará totalmente recuperada do ponto de vista financeiro e de capacidade de investimento, projetou o secretário, ao informar que o Governo do Estado herdou uma dívida anual de R$ 30 milhões. Apostamos aqui também por se tratar de unidade estratégica e prioritária para o arroz. Ao competir com a soja, temos de exportar mais e combinar oferta e demanda. 

O armazenamento, a venda na época certa e a regulação de preços no mercado interno combinados com o trabalho do Instituo Riogrande do Arroz (Irga) têm se revestido em bons preços e novos mercados, como o Iraque. 

Iraque deve confirmar compra de 180 mil toneladas
Nesta quarta-feira (27), o país deve confirmar, em reunião com governador Tarso Genro e o secretário Mainardi, a compra de 180 mil toneladas de arroz do Rio Grande do Sul para no ano que vem.

Este é o nosso papel. Estamos capacitando várias empresas para exportação, levando representantes para as maiores feiras de alimentos do mundo, visitando potenciais mercados. Agora, precisamos ampliar a produção. A retomada da Cesa cria as condições e facilita o trabalho do produtor, além de melhorar a infraestrutura de armazenagem pública e trazer renda ao Estado, afirmou o diretor-presidente do Irga, Claudio Pereira. As exportações são fundamentais para equalizar os preços no mercado interno, ratificou Pereira.

O presidente da Cesa, Márcio Pilger, informou que a unidade de Rio Grande passará de 49 mil para 55 toneladas de armazenagem estática com o tombador. Aparentemente uma obra simples, na opinão dele, o equipamento é fundamental para o setor no que se refere à agilidade.

O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindemayer, disse que a recuperação da Cesa, especialmente em seu município, parte de compromisso assumido pelo governador Tarso Genro de viabilizar as principais cadeias produtivas do RS, sobretudo a do arroz.

Reforço na defesa agropecuária
O secretário Mainardi, depois de anunciar os investimentos na Cesa, entregou uma camionete para a Inspetoria de Defesa Agropecuária de Rio Grande. Ao todo, no processo de modernização das unidades, a Seapa tem investido cerca de R$ 60 milhões nas 248 inspetorias do Estado. Até agora, 78 já foram modernizadas.

Não adianta ter um porto, por exemplo, se não tivermos produtos de qualidade e sãos. Começa no campo e passa pela defesa agropecuária. É questão, sobretudo, de saúde pública, não só de mercado. Sem isso, não se vende pra lugar algum, disse, referindo-se ao trabalho, às vezes invisível, dos fiscais agropecuários.

No final de 2014, a Seapa já deverá chamar os 130 fiscais agropecuários que serão contratados via concurso público a ser realizado ainda este ano.

Texto: Daniel Cóssio
Foto: Juliana Brum
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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