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Plano de Transportes busca qualificar serviços nos próximos 25 anos

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Plano estadual apresentado por Sartori é considerado grande passo no estudo das necessidades dos modais de transporte gaúchos
Plano estadual apresentado por Sartori é considerado grande passo no estudo das necessidades dos modais de transporte gaúchos - Foto: Dani Barcellos/Palácio Piratini

O governo do Estado apresentou, nesta quinta-feira (15), no Palácio Piratini, o Plano Estadual de Logística de Transportes (Pelt). Construído em conjunto com uma equipe multidisciplinar, o projeto aponta soluções para as principais dificuldades nos sistemas ferroviário, dutoviário, hidroviário, rodoviário e aeroviário do Rio Grande do Sul nos próximos 25 anos. É considerado um grande passo no estudo das necessidades dos modais de transporte para buscar melhorias, ampliar o escoamento da produção e ampliar a competividade gaúcha no mercado nacional.

A partir de agora, o Estado passa a ter seu planejamento logístico integrado ao Plano Nacional de Logística de Transportes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Para segui-lo, serão utilizadas ferramentas adequadas à implementação de um sistema de planejamento dinâmico, com diagnóstico de demandas e redirecionamento constante de ações sobre o conjunto do sistema logístico estadual.

"O Pelt vai orientar o desenvolvimento logístico do RS nos próximos 25 anos e até mesmo para a atração de investimentos. Isso é olhar pra frente com responsabilidade. Trabalhamos muito, mas a travessia precisa continuar. 2018 não é um ano morto, e o futuro do Rio Grande a gente faz agora", afirmou o governador.

Governador: "O Pelt vai orientar o desenvolvimento logístico do RS nos próximos 25 anos"
Governador: "O Pelt vai orientar o desenvolvimento logístico do RS nos próximos 25 anos" - Foto: Dani Barcellos/Palácio Piratini


Sartori também agradeceu pela colaboração do secretário Pedro Westphalen à frente da Secretaria dos Transportes nos últimos três anos e meio. Para Sartori, a parceria "rendeu bons resultados para o Estado, como o ótimo desempenho do setor portuário, o desenvolvimento da aviação regional e o Pelt-RS".

Westphalen relembrou os feitos da gestão como a reativação do Porto de Pelotas, com o transporte de toras, a recuperação de projetos da gestão anterior para a recuperação de estradas pelo Daer e a ampliação do sistema aeroviário. O Pelt, segundo o secretário, é mais uma ação de governo que demonstra a possibilidade de um futuro melhor, desde que haja intermodalidade.

"Estamos encerrando um ciclo de gestão de um novo modelo de governança em que se cumprem compromissos e conclusão de projetos. É importante saber que esse estado avançou em três anos e se fez muito. Quando passamos a ser governo, os problemas passaram a ser os nossos problemas. E tivemos a grata felicidade de ter um quadro de funcionários da secretaria, do departamento aeroportuário, Daer, EGR, e outros órgãos, que se comprometeu com todas as dificuldades e continuarão avançando", complementou.

O diagnóstico foi apresentado pelo coordenador da equipe que realizou o estudo, engenheiro Luiz Afonso Senna. "A nossa relação com o mundo se dá via os portos. Uma das nossas preocupações era a de se intervir na matriz para se explorar alternativas para o transporte de cargas e se ter eficiência logística. Temos aqui uma ferramenta extremamente importante e qualificada para auxiliar na tomada de decisão e das diretrizes sobre o que o Estado precisa. O transporte é a base sob a qual a nossa economia acontece", reiterou.

Entre as informações apuradas pelo estudo está a de que no Brasil 65% das mercadorias são transportadas por via rodoviária. No RS, a malha hidroviária, mais sustentável, tem participação de 88% no transporte de cargas.

Segundo Westphalen, plano é mais uma ação de governo apontando para um futuro melhor do Rio Grande
Segundo Westphalen, plano é mais uma ação de governo apontando para um futuro melhor do Rio Grande - Foto: Dani Barcellos/Palácio Piratini


Prioridade é RS-118

Para o governador, a prioridade número um para o Estado é a RS-118. "Eu tenho certeza de que, hoje, estamos chegando a 80% das obras da rodovia concluídas. Para os próximos 25 anos, teremos a possibilidade de enxergar melhor. Isso (Pelt) é enxergar para frente e vislumbrar o amanhã e o futuro. Muitas vezes, as pessoas querem obras, mas planejamento é fundamental e pode atrair investimentos", concluiu.

"Este governo resolveu fazer a 118. Os outros tiveram a intenção, mas não a determinação para fazer. Fizemos um levantamento e ela tinha carência em vários projetos, hoje nós temos um diagnóstico completo e estamos em obras em alguns trechos. Desde outubro (de 2017), estamos em processo de licitação. Hoje, a rodovia já é uma realidade e um instrumento que diminui do fluxo daquela localidade. Espero que superemos as dificuldades burocráticas e possamos avançar ainda mais", reforçou Westphalen.

Metodologia do estudo

O resultado foi baseado em investigação de uma equipe multidisciplinar formada pelas empresas STE - Serviços Técnicos de Engenharia, SD Consultoria e Engenharia, e Dynatest Engenharia, contratadas com recursos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) no final de 2013. Para o desenvolvimento foram considerados o estudo e diagnósticos de governos estaduais anteriores, do governo federal e estudos setoriais da iniciativa privada.

A metodologia, conforme Senna, partiu de uma base de dados georreferenciada de um software em que toda a infraestrutura estadual está consolidada. Se faz uma análise do sistema atual, como a configuração da rede logística e a oferta de transporte, e a partir disso foram feitas simulações para se estimar as necessidades da demanda de pessoas e de produtos de mobilidade para identificar os gargalos. Entre as parcerias, o consórcio das empresas consultou a Universidade de São Paulo (USP), para levantamento de todos os fretes de vários modais.

"Com base nisso tudo, pudemos fazer prospecções sobre cenários futuros, com base na modelagem do ano de 2014, e gerar um plano de ação", reforçou o engenheiro.

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Estado apresenta plano de logística e transporte para qualificar escoamento da produção

O governo do Estado apresentou, nesta quinta-feira (15), no Palácio Piratini, o Plano Estadual de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul (Pelt-RS). Crédito: Leonardo Souza

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Resultados

Entre os resultados, o engenheiro Afonso Senna destacou que a melhor saída é articular cooperação com o governo federal para que sejam fechadas Parcerias-Público-Privadas (PPPs) e concessões. "Esses são investimentos necessários. Boa parte do que nós precisamos de recursos não vão sair dos cofres do Estado, o que precisamos é uma articulação com o governo federal com a promoção de PPPs e concessões, bem como o redirecionamento de verbas legislativas para obras que a gente identificou como relevantes", disse o engenheiro.

A medida mais importante, para a equipe que elaborou o estudo, é assegurar a aplicação das medidas sugeridas pelo plano. "Queremos que o Pelt tenha, efetivamente, uma estrutura de acompanhamento contínuo na secretaria. Ele não é um plano de governo, é um plano de Estado, e é, certamente, se não o melhor, um dos melhores planos do Brasil, superando em termos de qualidade até mesmo o próprio plano nacional", estimou.

Acompanharam a apresentação os secretários da Casa Civil, Fábio Branco; de Obras, Saneamento e Habitação, Fabiano Pereira; o procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel; os deputados Vilmar Zanchin e João Fischer; presidentes, dirigentes e representantes de classe.

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Estado apresenta Plano de Logística e Transporte para qualificar escoamento da produção

Estado apresenta Plano de Logística e Transporte para qualificar escoamento da produção

Texto: Letícia Bonato
Edição: Gonçalo Valduga/Secom

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