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Governo considera bloqueio de CREs irresponsabilidade com alunos

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Governo considera bloqueio de CREs irresponsabilidade com alunos
O chefe da Casa Civil e a secretária adjunta da Educação falaram com a imprensa sobre o bloqueio do Cpers às CREs - Foto: Nabor Goulart/Casa Civil Palácio Piratini

O governo do Estado considera ilegal e irresponsável o bloqueio do acesso de servidores às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul - Cpers/Sindicato, na manhã desta segunda-feira (23). Em coletiva de imprensa nesta tarde, o chefe da Casa Civil, Fabio Branco, disse que a greve dos professores "não contribui para o crescimento do Rio Grande do Sul e é uma ação muito mais político-partidária, que gera prejuízo aos alunos".

Segundo o secretário Branco, o ato é uma "radicalização e uso politítico da decisão", da última sexta-feira (20), quando a Secretaria da Educação (Seduc) determinou a possibilidade dos estudantes, principalmente das séries finais dos ensinos Fundamental e Médio, trocarem de escolas que estão com as atividades paralisadas. "Essa é uma decisão que vem para benefício dos alunos dando condição de término do ano letivo. Não permitir isso é prejudicar a sociedade", afirmou.

A reivindicação dos professores em greve é pelo pagamento em dia dos salários, neste mês, quitados no dia 13 de outubro. Medidas adotadas pelo governo, como pagar primeiro quem ganha menos e o projeto de lei, encaminhado pelo Executivo, para indenização pelos dias de atraso salarial e do 13º, foram exemplos citados pelo secretário Branco como pedidos da categoria já atendidos. "O governo sempre estará aberto ao diálogo e estamos muito próximos de apresentar uma solução definitiva, a partir da adesão do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e de outros encaminhamentos que estão sendo constituídos internamente", garantiu.

Segundo a secretária adjunta da Educação, Iara Wortmann, a decisão de remanejar os estudantes para outras instituições atende a pedidos dos próprios pais. "Essa é uma ação de desrespeito com nossos alunos, famílias e sociedade", disse.

Além da transferência que não pode ser feita, a secretária lembrou que o Rio Grande do Sul foi o único estado que não realizou a testagem da Prova Brasil, do Ministério da Educação, que avalia o rendimento escolar dos estudantes. "É uma vergonha quando uma prova dessa importância não pode ser realizada. Só faz isso quem não tem compromisso com a Educação", assegurou.

Segundo a Seduc, 70% das escolas estaduais estão trabalhando normalmente. Em toda a rede pública estadual, são 60 mil alunos no 9º ano do Ensino Fundamental e 73 mil alunos no 3º ano do Ensino Médio.

Uma nova reunião entre governo do Estado e representantes do Cpers/Sindicato está marcada para as 16h desta terça-feira (24), na Secretaria da Educação.



Texto: Cassiane Osório
Edição: Denise Camargo/Secom

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