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Governo descarta caso de intoxicação por metanol no Estado e alinha procedimentos e ações

Anúncio foi feito em reunião de Comitê Intersecretarial que visa garantir agilidade na resposta a possíveis casos

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Comitê criado por Eduardo Leite descarta caso de intoxicação por metanol no Estado e alinha procedimentos e ações
Durante o encontro, foram discutidas estratégias conjuntas para investigação, apreensão de produtos e orientação - Foto: Arthur Vargas/Ascom SES

O governo do Estado anunciou, nesta terça-feira (7/10), que o paciente de 38 anos atendido no Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre não ingeriu metanol. O caso havia sido notificado no sábado (4/10) e foi analisado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

O anúncio foi realizado durante reunião no Comitê Intersecretarial que acompanha as ações de monitoramento e investigação de possíveis casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas. O grupo, criado na semana passada pelo governador Eduardo Leite, é composto por representantes das secretarias da Saúde (SES), da Segurança Pública (SSP) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O objetivo do comitê é garantir agilidade e efetividade na resposta a casos suspeitos, por meio da articulação entre diferentes áreas do governo estadual. Durante o encontro, foram discutidas estratégias conjuntas para investigação, apreensão de produtos e orientação aos serviços de saúde e municípios.

Como resultado da reunião, foi alinhado o conteúdo de uma nota informativa conjunta com diretrizes estaduais sobre o tema. O documento, que será publicado pela SES na quarta-feira (8/10), detalhará as responsabilidades e competências de cada área envolvida, além de estabelecer os fluxos de atuação diante de casos suspeitos. Também serão definidos os procedimentos para coleta de amostras, busca e apreensão de bebidas suspeitas, além de encaminhamentos laboratoriais.

Integração

A SES reforça que o trabalho integrado entre saúde, segurança e agricultura é essencial para proteger a população e prevenir novos casos de intoxicação. A nota informativa será divulgada aos municípios e profissionais da saúde assim que for publicada no site da secretaria.

A secretaria está realizando ainda um levantamento com a rede hospitalar sobre os estoques de etanol farmacêutico, utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. O Estado também aguarda o envio de um antídoto específico, que está sendo adquirido pelo Ministério da Saúde com fornecedores internacionais.

O Centro de Informação Toxicológica (CIT) será o ponto focal da SES para recebimento de notificações de casos suspeitos, feitas pelos serviços de saúde. O atendimento funciona pelo telefone 0800-7213000, com plantão 24 horas, todos os dias da semana. Profissionais de saúde podem obter apoio no diagnóstico e orientações sobre o tratamento por meio do serviço.

Grupo envolve áreas da saúde, da segurança pública e da agricultura e visa garantir agilidade na resposta a possíveis c
Definições da reunião serão divulgadas em documento que será publicado na quarta (8) - Foto: Arthur Vargas/Ascom SES

Diante da notificação de um caso suspeito, o CIT deve avisar as vigilâncias, estaduais ou municipais – que, por sua vez, devem acionar a Brigada Militar, via telefone 190. A Brigada, então, fará contato com a Polícia Civil para que compareça à unidade de saúde onde o paciente estiver sendo atendido, para coleta de material e investigação. Se já estiver ocorrida a alta, a polícia será responsável por reunir informações do paciente, como endereço e contatos de familiares, para que seja possível localizar o suspeito de intoxicação.  

A localização, apreensão e arrecadação de produto suspeito, especialmente em casos que envolvam estabelecimentos comerciais ou de produção clandestina, também serão medidas das forças de segurança.   

Casos suspeitos no RS

O Centro Estadual em Saúde (Cevs) investiga um caso suspeito de intoxicação por metanol no Estado. O paciente é um homem de 23 anos, residente em Porto Alegre, que procurou atendimento médico após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação, os quais se agravaram dois dias após o consumo de vinho.   

A Vigilância em Saúde do Estado está em contato com a equipe municipal para o levantamento de mais dados sobre o quadro clínico apresentado e a definição quanto à possibilidade de coleta de amostras de sangue do paciente e do produto ingerido. O objetivo é realizar análises laboratoriais que possam confirmar a presença da substância tóxica.  

Principais sintomas (podem surgir entre 12 e 24 horas após ingestão):

  • dor abdominal;
  • visão alterada;
  • confusão mental;
  • e náusea.

Esses sinais podem ser confundidos com os de uma ressaca comum. Por isso, ao identificá-los, a pessoa deve procurar imediatamente atendimento médico em uma unidade de emergência.

Na chegada ao serviço de saúde, é essencial informar:

  • que houve consumo de bebida alcoólica;
  • o contexto (ex.: festa, bar, evento);
  • tipo de bebida ingerida;
  • presença ou não de rótulo na embalagem;
  • e horário aproximado da ingestão. 

Essas informações ajudam na investigação, no diagnóstico e no tratamento adequados.

Como saber se você está comprando um produto genuíno

  • Tampa e lacre: evite produtos com lacre rompido, amassado ou sem selo de controle (IPI).
  • Líquido: desconfie de bebidas com cor estranha, resíduos ou nível de enchimento irregular.
  • Rótulo: cuidado com erros de grafia, impressão de baixa qualidade, desalinhamento ou ausência de informações em português.
  • Preço: se estiver muito abaixo do praticado, suspeite.
  • Local de compra: prefira estabelecimentos regulares e exija sempre a nota fiscal.

Descarte correto de embalagens

O descarte correto ajuda o combate ao mercado ilegal. Uma dica é separar a tampa (plástico/metal) e descartar os dois separadamente, além de rasgar ou remover o rótulo. As garrafas podem ser destinadas para pontos de coleta e locais de reciclagem autorizados.

Texto: Ascom SES
Edição: Felipe Borges/Secom

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