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Governo do Estado apresenta plano funcional para a BR-116

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O Governo do Estado, preocupado com o fluxo diário de 100 mil veículos no trecho da BR/116 entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, instituiu um Grupo de Trabalho para apontar alternativas à rodovia. Embora a situação calamitosa ocorra numa rodovia federal, o Executivo gaúcho encomendou um estudo de tráfego, executado pelo Lastran da Ufrgs, cujas conclusões serviram como base ao Grupo, que apresentou dois novos traçados alternativos aos municípios envolvidos: um a 6 Km leste da BR/116, iniciando na BR/290 até a RS/239, com 40,7 Km de extensão; outro a 2 Km oeste, com 41,7Km de extensão que vai do cotovelo da Free Way (BR/290) até a RS/239. O Grupo de Trabalho é composto por representantes da Secretaria dos Transportes, DAER, Secretaria de Coordenação e Planejamento, Metroplan, Secretaria de Administração e Recursos Humanos e Secretaria do Meio Ambiente. Conforme o secretário dos Transportes, Fernando Variani, o prolongamento da BR/386 até a RS/118, a construção da RS/010 entre a BR/290 e a RS/118, a construção do primeiro trecho da via oeste, entre a BR/290 e a BR/386 e a duplicação da RS/118, são passos prioritários que interagem com as alternativas de traçados apontadas. O trabalho também dialoga com o Plano Integrado de Transportes ? PIT, desenvolvido por equipe de planejamento da Secretaria dos Transportes, com objetivo de, futuramente, direcionar o tráfego de cargas para fora dos centros urbanos, ressaltou, ao lembrar que a viabilidade da proposta exige a união de esforços entre os governos federal, estadual e municipais. Já o secretário de Coordenação e Planejamento, José Henrique Paim Fernandes, destacou que o Plano dá condições às prefeituras de incluírem as áreas a serem atingidas nos seus planos diretores, com a finalidade de impedir novas edificações que possam inviabilizar ou dificultar a construção da futura rodovia. A Metroplan articulará com os municípios a inserção das rodovias aos planos diretores, avaliando os efeitos de suas implantações, bem como a reserva de áreas e o projeto das laterais das vias ao longo de seus traçados, explicou. Na oportunidade, o secretário Fernando Variani afirmou que os traçados foram divididos em trechos com a finalidade de facilitar a contratação das obras, ao longo do tempo, levando em consideração o tamanho da obra e as disponibilidades financeiras. Os eixos possíveis, a leste e a oeste da BR/116 também deverão dar acesso às cidades e ter ligações com a rodovia existente. VIA LESTE - 40,7 km A via leste tem seu traçado definido pela RS/010, desenvolvendo-se em três trechos característicos: 1º trecho: BR/290 à RS/118 (11 km) - O início sobre a BR/290 está a 6 km para o leste da BR/116. Desenvolve-se a partir da várzea do Rio Gravataí e exigirá construção de nova ponte sobre o mesmo. Passa nas proximidades do distrito industrial de Cachoeirinha e cruza a Via do Trabalhador, onde deverão ser previstos interseção e acesso à Canoas. A partir daí, aproxima-se do traçado da Frederico Ritter, até a RS/118, sempre em região de características topográficas planas. No segmento final receberá a continuação da BR/386, onde também deverá ser prevista interseção em desnível, da mesma forma que no encontro com a RS/118. 2º trecho: RS/118 a Lomba Grande (15,9 km) - Passando a RS/118, a topografia e a ocupação do solo têm modificações, havendo interferência com áreas de depósito de lixo e imediações do Morro Sapucaia, com menor ocupação humana e topografia ondulada. A passagem no divisor está prevista entre o Morro Sapucaia e Morro da Pedreira, acompanhando linha de alta tensão. Nas duas encostas do arroio existente, a seguir, há caminhos que poderão configurar o acesso a Sapucaia do Sul e o acesso sul a São Leopoldo, também interseções em dois níveis. A seguir, o traçado pende para nordeste, evitando a região urbana de São Leopoldo, em direção ao encontro dos acessos asfaltados existentes, de Lomba Grande para São Leopoldo e Novo Hamburgo, onde se faria interseção. 3º trecho: Lomba Grande a RS/239 (13,8 km) - O traçado contorna uma região de banhado do Rio dos Sinos, retornando à direção norte e, após cruzar o mesmo rio, desenvolve-se em vale secundário, até as proximidades de Sapiranga, onde termina na RS/239, também com interseção em desnível, cerca de 12 km a leste da BR/116. VIA OESTE - 41,70 km A via oeste tem seu traçado definido pelos prolongamentos da RS/118 e da RS/239, tendo sido considerados quatro trechos. 1º trecho: BR/290 à BR/386 (12 km) - O trecho inicia sobre a Free Way, 2Km a oeste da BR/116, no chamado cotovelo, onde a BR/290 tem deflexão de praticamente 90º. A interseção em dois níveis deverá prever o cruzamento do Rio Gravataí e interferência com o terminal de gás. A seguir, o trecho desenvolve-se sobre os diques contra cheias, executados pelo antigo DNOS. No cruzamento sobre o arroio Araçá, deve ser prevista interseção de acesso a Canoas. Mais adiante, existe interferência com os trilhos da via férrea e o trecho termina sobre a BR/386, onde deverá ser projetada interseção especial. Sua extensão é de 12 km e tem projeto básico já desenvolvido para o Pólo Metropolitano. 2º trecho; BR/386 à RS/118 - acesso a São Leopoldo(10,9 km) - O trecho poderá iniciar sobre a BR/386, cerca de 2 km para o oeste, visando aproveitar as pontes sobre o rio dos Sinos e evitar novo impacto sobre sua várzea, ou definir nova travessia, em continuidade ao 1º trecho. Desenvolve-se para o norte, sempre nos limites da zona de inundação, para ser a área de menor ocupação humana e servir como limite da expansão urbana. Próximo ao seu final encontra uma antiga terraplenagem que serviu, há muitos anos, para acesso à balsa, na continuidade da RS/118. O final previsto situa-se sobre o caminho que conduz à balsa, em funcionamento , que dá acesso a São Leopoldo, contornando a área do Parque Zoológico e chegando na BR/116, na interseção da Unisinos. 3º trecho: RS/118 à RS/240 (9,9 km) - Esse trecho desenvolve-se nas encostas da margem direita do arroio Portão, em direção à cidade de mesmo nome. É uma zona plana com ocupação agrícola, até as proximidades da RS/240, onde deverá ter interseção especial . 4º trecho: RS/240 à BR/116 (8,9 km) - O trecho é continuidade da RS/239, e deverá caracterizar o contorno da cidade de Estância Velha, com áreas bastante ocupadas pela população. O final é nas proximidades do viaduto com a BR/116.
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