O Governo do Estado e a Prefeitura de Candelária assinam às 10h desta quarta-feira (24), protocolo de intenções para o desenvolvimento de atividades de pesquisa e preservação de fósseis no Parque Paleontológico. O encontro, que acontece na Casa de Cultura Marcos Mallmann, terá as presenças do secretário estadual do Meio Ambiente, Berfran Rosado, do presidente da Fundação Zoobotânica do RS, Artur José de Lemos Junior e do prefeito de Candelária, Lauro Mainardi.

Na oportunidade, será aberta oficialmente a Exposição Dinossauros: Ciência e Ficção, com mostra temática promovida pelo Museu de Ciências Naturais/FZB-RS, em parceria com a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte do município. A região é uma das mais ricas em fósseis triássicos do mundo, onde já foram encontrados restos de uma espécie de réptil, com 250 milhões de anos.

O protocolo de intenções terá a missão de transformar a área no interior de Candelária em um pólo turístico, para o desenvolvimento socioeconômico para a região. O projeto prevê, ainda, a adaptação de uma base de estudos no parque. Na implantação do Parque Paleontológico de Candelária já foram investidos pelo Governo do Estado mais de 227 mil reais só em desapropriações de terra, na chamada Sanga dos Fosséis, localizada no Pinheiro.

Parque Paleontológico
Desde 1920, instituições e pesquisadores levam material fóssil de Candelária, que hoje se encontra em várias partes do mundo. No município foi localizado, em setembro de 1999, restos de um mamífero de 230 milhões de anos, considerado um dos ancestrais mais antigos da espécie até agora descoberto. O fato aconteceu durante o levantamento dos sítios fósseis para o programa Pró-Guaíba.

A região central do Estado é considerada uma das áreas no mundo com maior concentração de fósseis do triássico, período que vai de 250 a 202 milhões de anos. No Rio Grande do Sul, numa faixa de Vila Mariante até a cidade de Mata, há a única sequência brasileira de afloramento de sedimentos dessa fase.