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Governo do Estado intensifica ação contra morcegos hematófagos no RS

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O Governo do Estado está intensificando as ações contra o morcego hematófago, da espécie Desmodus Rotundos, transmissor da raiva em herbívoros, no Rio Grande do Sul. Durante o mês de setembro, técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) realizaram ações nos municípios de Taquari, Tabaí e General Câmara.

Três equipes foram formadas para vistoriar a região, sendo que mais de 12 locais diferentes foram visitados. Em Taquari e Tabaí houve registro de mortalidade de bovinos com sinais de raiva, em janeiro deste ano, e em General Câmara, foi diagnosticado um caso da doença. Nas atividades de combate realizadas durante o último mês, 35 morcegos foram capturados. Uma pasta vampiricida foi aplicada no dorso de cada um, auxiliando, assim, no controle da população do animal. Tal manejo inibe apenas a proliferação dessa espécie transmissora da raiva, não causando dano ou transtorno às demais e mantendo o equilíbrio ecológico da natureza do local.

Os técnicos também alertam os produtores rurais para as possíveis mordeduras dos hematófagos em seus rebanhos, principalmente em bovinos e equinos. Ao perceber os ataques, o produtor deve comunicar a Inspetoria Veterinária do município e, de maneira alguma, deve tentar capturar o morcego devido ao alto risco de contágio com a doença, explicou a médica veterinária da Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Taquari, Renata Marques.

Sobre o morcego transmissor da raiva

O Desmodus Rrotundus tem hábitos noturnos, não gosta de claridade, se alimenta unicamente de sangue, e, se contaminado com o vírus a raiva, irá transmiti-la no momento da espoliação. A espécie pode se deslocar até 20 quilômetros de distância do abrigo para fazer a alimentação. Machos jovens quando expulsos da colônia voam até 100 quilômetros para formarem uma nova colônia.

Outras espécies de morcego podem aparecer nas casas habitadas à procura de alimento e acabarem se alojando no forro, ou em ocos de árvores e bueiros. Essas espécies são polinívoros/nectarívoros e se alimentam de pólen e néctar. Já outras, ingerem insetos, frutas, pequenos roedores e até peixes. Todas são protegidas pelo IBAMA e constituem fator primordial para o equilíbrio ecológico. Para afastar essas espécies inofensivas de residências é indicado colocar lâmpadas nos locais onde os animais se escondem, fazer limpeza geral com creolina para afugentar os animais devido ao forte cheiro, além do fechamento das frestas por onde eles entram.

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