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Governo do Estado lança os Catálogos Seletivos de Documentos da Escravidão

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O secretário da Administração e dos Recursos Humanos, Elói Guimarães, representando a governadora Yeda Crusius, discursa durante a cerimônia de lançamento dos catálogos seletivos de documentos da escravidão, em evento realizado no Arquivo Público do RS,
Cerimônia de lançamento dos catálogos seletivos de documentos da escravidão - Foto: Silvio Alves / Palácio Piratini

O Governo do Estado lançou, no fim de tarde desta segunda-feira (06), os Catálogos Seletivos de Documentos da Escravidão, no Arquivo Público Estadual. O objetivo do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (Apers) é resgatar a conjuntura histórica do escravo no RS, cujo recorte temporal vai de setembro/1763 a maio/1888.

O trabalho beneficiará a comunidade científica pela facilidade de acesso e compilação das informações, o usuário em geral, principalmente os descendentes de origem africana, pela possibilidade de resgate de sua história. Além de atender a própria Apers, por tornar mais visível seu acervo, constituído de 18 milhões de documentos.

Ao representar a governadora Yeda Crusius, o secretário da Administração e Recursos Humanos, Elói Guimarães, destacou um profundo encantamento por existirem pessoas preocupadas com a história. É um momento memorável, na medida em que se traduz um conjunto de pesquisa tão magnífico quanto esta. Já a diretora do Arquivo Público, Rosane Feron ressaltou que há 50 anos não é feito um trabalho de pesquisa tão grandioso. É um momento de coração. E nós só temos a agradecer. Espero que todos façam bom uso deste material.

Projeto Catálogos Seletivos de Documentos da Escravidão
O Projeto Documentos da Escravidão no Rio Grande do Sul tem por objetivo difundir a temática através da publicação dos catálogos seletivos que tratam da comercialização de escravos: como bem - na partilha de bens -, e como réu ou vítima em crimes. O recorte temporal abrange o período de setembro de 1763, relativo à escritura pública mais antiga do acervo do Apers, até o dia 13 de maio de 1888, data da abolição da escravatura no Brasil.

Para a realização deste trabalho, foram inventariados 542,6 mil registros notariais e 73,26 mil ações judiciais, totalizando 615.860 fontes primárias. Houve a colaboração de mais de 40 pesquisadores que se debruçaram sobre os documentos para a elaboração dos verbetes que deram origem aos catálogos. Encontra-se já publicado desde 2006 o catálogo referente às cartas de liberdade, que identificou 18.718 documentos.

Texto de Graciele Galera

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