O governador em exercício, Antonio Hohlfeldt, anunciou, hoje à tarde (22), a organização das honras fúnebres para receber amanhã (23), em Porto Alegre, o corpo do ex-governador e presidente de honra do PDT, Leonel de Moura Brizola. A chegada ao Aeroporto Internacional Salgado Filho está prevista para o meio-dia. Hohlfeldt estará presente, representando o governador Germano Rigotto, que se encontra em missão oficial à China. A seguir, o esquife será levado em carro aberto, percorrendo a avenida Farrapos em direção à Estação Rodoviária, tomando depois a avenida Mauá, a rua Bento Martins e a Duque de Caxias. A chegada ao Palácio Piratini deve ocorrer às 13 horas. O corpo de Brizola será recebido com honras fúnebres. A Casa Militar reforçou o esquema de segurança de forma organizada para que todos que desejarem possam despedir-se da figura histórica de Brizola. É esperado um grande número de pessoas, entre admiradores, correligionários e autoridades de diversos setores. O velório, no salão Negrinho do Pastoreio, será aberto ao público. Às 8 horas de quinta-feira (24), o cortejo fúnebre deixa a sede do Executivo gaúcho, com uma salva de 21 tiros, e segue para o município de São Borja, onde deve chegar às 10 horas. O sepultamento está marcado para as 16 horas. Luto oficial O Governo do Estado decretou luto oficial no Rio Grande do Sul. Assim que o governador Rigotto tomou conhecimento da notícia na China, solicitou imediatamente que fosse decretado luto oficial. Ele está acompanhando, via gabinete, os procedimentos para prestar as merecidas honras ao ex-governador Brizola, disse Hohlfeldt. O governador em exercício lembrou a importância da figura de Leonel Brizola para a história do país. Destacou sua luta pela legalidade e a sua atuação constante no cenário político nacional, especialmente, nos dois estados brasileiros que governou, o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Nunca poderemos dizer que Leonel Brizola tenha se omitido a respeito de alguma coisa. Uma de suas marcas era a humildade. Ele sempre colocou as idéias acima do seus interesses pessoais e partidários. Por isso, marcou a história do país. Brizola fez parte de um projeto maior, o projeto de luta pelo coletivo, concluiu Hohlfeldt.