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Governo inicia última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento em Canoas

Primeiras 12 famílias foram transferidas para as moradias temporárias neste sábado (17/5)

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A foto mostra pessoas descarregando um caminhão baú branco. Algumas carregam o que parecem ser doações, como cobertores e roupas. Há construções simples ao fundo e o chão é de terra batida com pedras.
Cerca de 100 pessoas ainda se encontravam no Centro de Acolhimento e, neste primeiro dia, foram transferidas 12 famílias - Foto: Luís André/Secom

O governo do Estado iniciou a última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança, em Canoas, neste sábado (17/5). A secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab) e o Gabinete de Projetos Especiais do Vice-Governador estiveram com a prefeitura de Canoas e com a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Migrações (OIM) acompanhando a transferência das primeiras famílias para as moradias temporárias, instaladas no bairro Estância Velha. 

As transferências seguem gradativamente durante a próxima semana até a desmobilização total do CHA Esperança. Cerca de 100 pessoas ainda se encontravam no Centro de Acolhimento e, neste primeiro dia, foram transferidas 12 famílias. Ao todo, em Canoas, estão instaladas 58 casas. 

O vice-governador Gabriel Souza, que coordenou a instalação dos CHAs em 2024, destacou que a transferência das primeiras famílias para as moradias temporárias representa um passo importante na reabilitação dessas pessoas, garantindo que elas possam retomar suas vidas com segurança, conforto e acesso a serviços essenciais. “Estamos empenhados em garantir que essa fase de transição seja concluída com eficiência e sensibilidade, pensando sempre no bem-estar das pessoas envolvidas. A desmobilização gradual do CHA Esperança em Canoas demonstra que o governo do Estado está alinhado às ações de reconstrução, oferecendo moradias temporárias adequadas e suporte completo às famílias, até que elas possam receber suas casas definitivas pelo governo federal”, destacou Gabriel.

Atendimento às famílias

O secretário da Habitação, Carlos Gomes, destacou as etapas de atendimento às famílias. “Ver Canoas encaminhando seus acolhidos tem muito significado para a Sehab. Acompanhamos o município desde o primeiro dia da enchente. Percorremos as ruas de barco, ajudamos no resgate e visitamos todos os abrigos auxiliando no que foi possível, em destaque para a infraestrutura do abrigo da Ulbra que se tornou o maior do Estado. Agora, participar da etapa da reconstrução e ver essas pessoas recebendo o primeiro passo na dignidade de morar, nos dá a certeza de termos tomado o caminho certo”, afirmou. 

Esta foto aérea mostra fileiras de módulos habitacionais brancos, aparentemente temporários, dispostos em um terreno. Há pessoas circulando entre eles. Ao redor, vê-se construções de alvenaria, áreas verdes, ruas e alguns veículos estacionados. A imagem sugere uma área urbana com uma instalação emergencial de moradia.
Os CHAs foram inaugurados em julho de 2024 em Porto Alegre e em Canoas para acolher famílias atingidas pelas enchentes - Foto: Luís André/Secom

Para as moradias temporárias, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, acompanha o processo final das obras, junto ao governo do Estado e às prefeituras, assegurando a realocação digna de todas as famílias acolhidas nos CHAs. A Organização oferece transporte, vale-alimentação de três meses e suporte financeiro para compra de móveis e utensílios domésticos para todas as pessoas em processo de realocação. “Ao longo desses dez meses, os Centros Humanitários cumpriram seu papel no acolhimento das pessoas afetadas pelas enchentes. Agora, para as famílias que ainda necessitam, nosso trabalho continua no acompanhamento desse processo de reintegração e retomada do cotidiano”, destacou o coordenador de Operações da OIM no RS, Eugênio Guimarães. 

Centros Humanitários de Acolhimento 

Os Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), implantados pelo governo do Estado com apoio da Fecomércio e gestão da Agência da ONU para Migrações, foram inaugurados em julho de 2024 em Porto Alegre e em Canoas para acolher famílias atingidas pelas enchentes. Criados como solução emergencial na estratégia de resposta às cheias, os locais se tornaram referência em acolhimento humanitário, oferecendo estrutura digna com cômodos separados, brinquedoteca, lavanderia, espaços de lazer, quatro refeições diárias e atendimento psicossocial, médico e de empregabilidade.

Foram instaladas três unidades — duas em Canoas e uma em Porto Alegre — e, desde sua abertura, acolheram um total de 1.184 pessoas, com pico de aproximadamente 800 abrigados simultaneamente. Em dezembro, o CHA Recomeço, em Canoas, encerrou suas atividades. Até junho de 2025, todos os Centros serão fechados.  

Moradias temporárias 

A política habitacional de emergência, com amparo na lei 16.138 de 2024, se desdobra, inicialmente, pela disponibilização de casas temporárias, destinadas a municípios que demandam para desativar seus abrigos coletivos. Concomitantemente à instalação das casas temporárias, a Sehab trabalha na seleção de terrenos para a construção de moradias definitivas. 

Cada unidade possui 27 metros quadrados e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuir mobiliário sob medida e eletrodomésticos da linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores. 

Com um investimento de R$ 83,3 milhões, o governo do Estado, por meio da Sehab,  adquiriu 625 Módulos Habitacionais Transportáveis (MHTs), que são retirados, higienizados após o uso e reaproveitados sempre que houver necessidade de atendimento emergencial de habitação. Após Canoas, serão entregues 80 moradias temporárias em Porto Alegre, 105 em Eldorado do Sul e 20 em Rio Pardo. 

Casas definitivas 

Com investimento de R$ 7,1 milhões, o município de Canoas receberá 51 moradias definitivas por meio do programa A Casa é Sua-Calamidade, do governo do Estado. O terreno está sendo preparado pela prefeitura. Após a entrega do local, as casas serão concluídas em 120 dias. 

Essas soluções habitacionais fazem parte do Plano Rio Grande, um programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Texto: Juliane Pimentel/Ascom GVG e Maria Emília Portella/Ascom Sehab
Edição: Éder Kurz/Secom

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