Governo promove formação de agentes para atuar na Cadeia Solidária Binacional do PET
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A Rede Escola de Governo iniciou cursos que formarão trabalhadores para atuar na Cadeia Solidária Binacional do PET, com o propósito de qualificar agentes sociais para que trabalhem na transformação do PET (Politereftalato de etileno, usado na confecção de garrafas de refrigerante, água e outros produtos), no chamado flake. O objetivo é inserir pessoas que já atuam no setor de resíduos sólidos neste processo, tendo em vista que possuem trajetória dentro dos princípios da Economia Solidária.
A FDRH, em parceria com a Universidade Regional do Noroeste do Estado e com a Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe), iniciou três turmas da extensão, que têm carga horária de 100h/a e o total de 100 vagas e vai atender gestores e catadores vinculados às associações e cooperativas Coopetsul, Coopetsino e Cooncat.
Na manhã deste sábado (23), iniciaram as turmas que acontecem em Porto Alegre, que atendem alunos das regiões Metropolitana, Vale dos Sinos e Delta do Jacuí; e Pelotas, que recebe alunos, também, de Jaguarão e Canguçu. Na sexta-feira (22), começaram as aulas no município de Santa Cruz do Sul.
É muito significativo para a Rede Escola de Governo atuar na formação de trabalhadores para um projeto de tamanha importância para o Governo do Estado, para vocês e para os cidadãos, observou a diretora de Educação e Formação da FDRH, Sandra Bitencourt, durante a abertura da turma de Porto Alegre.
Em Pelotas, a abertura do curso foi acompanhada pela chefe da Divisão de Formação Continuada, Ana Ghisleni, e pelo chefe da Divisão de Suporte Operacional, Hermes Machado. É muito importante aproximar o Estado e as universidades das pessoas que vivem do seu trabalho. As instituições são feitas de pessoas. O fato de o Governo e academia estarem chegando até elas demonstra a opção por cuidar da vida dos cidadãos e cidadãs, de se envolver mais, avalia Ana.
Cadeia Solidária Binacional do PET
A construção da Cadeia Solidária Binacional do PET pelo Governo do Estado estabelece que as garrafas PET serão coletadas e transformadas em flake, no Rio Grande do Sul. Após, a cooperativa uruguaia Coopima transformará o material em fibra sintética, e, posteriormente, em Minas Gerais, a Coopertêxtil processará a fibra em fio e tecido.
Na última etapa, as cooperativas de costureiras do RS recebem o tecido ecológico e confeccionam sacolas, calçados, camisetas e outros artigos. O Objetivo é consolidar uma cadeia produtiva no setor de reciclagem da garrafa PET entre empreendimentos populares gaúchos, trabalhadores associados do Uruguai e do Estado de Minas Gerais.
A Rede Escola de Governo está formando trabalhadores para que operem o equipamento. Cada máquina tem capacidade para processar mil quilos de PET em flake em uma hora, exigindo entre 10 e 12 pessoas para sua operação. O equipamento seleciona o PET por cor, remove o rótulo, tritura, lava e seca.
Regiões
A Cadeia Solidária Binacional do PET tem três centrais de beneficiamento já regularizadas. O polo de Santa Cruz do Sul, na região do Vale do Rio Pardo, será o primeiro a receber o maquinário. O pavilhão tem uma área construída de 2,6 mil metros quadrados e já está dotado de toda infraestrutura necessária para o funcionamento. A Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Comcat) irá coordenar a central de reciclagem.
Os outros dois polos estão localizados em Jaguarão, na Região Sul, coordenados pela Central das Cooperativas da Cadeia Solidária Binacional (CoopetSul); e em Novo Hamburgo, abrangendo as regiões Metropolitana, Vale dos Sinos e Delta do Jacuí, onde atua a Central de Cooperativas do Vale dos Sinos (CoopetSinos). As centrais dos municípios de Jaguarão e Canoas abrigarão o primeiro polo de plástico mole.
Texto e foto: Daiane Evangelista/FDRH, com informações da Sesampe
Edição: Redação Secom