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Governo recebe denuncia sobre prejuízos à economia com exportações de gado em pé

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Um grupo de representantes de entidades ligadas à cadeia produtiva da carne bovina encaminhou, nesta quinta-feira (18), ao secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, denúncia sobre o prejuízo causado à economia gaúcha pela
Governo recebe denuncia sobre prejuízos à economia com exportações de gado em pé

Um grupo de representantes de entidades ligadas à cadeia produtiva da carne bovina encaminhou, nesta quinta-feira (18), ao secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, denúncia sobre o prejuízo causado à economia gaúcha pela exportação de gado vivo. Agora, a Secretaria irá ouvir a representação da Farsul e, após, levará o tema para debate com as pastas da Fazenda e do Desenvolvimento e Promoção do Investimento e Assessoria Superior do Governador, para definir a posição sobre o tema.

Os representantes do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs), da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra), da Associação das Indústrias de Curtume do RS (AICSul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da Federação de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Ftia/RS) e da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) reivindicam o estabelecimento de barreiras que impeçam ou diminuam esta movimentação.

Conforme o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, a venda de animais vivos para serem terminados e abatidos no centro do País é um comércio que traz prejuízos para o setor frigorífico, bem como para o Governo, uma vez que não há contribuição com taxas ou impostos. Essa preocupação não é só da indústria da carne, mas sim de toda a cadeia. Precisamos de uma medida que dificulte a exportação e, assim, mantenha aqui a nossa matéria-prima, a qual já é bastante escassa. Esse fator vem impedindo o crescimento de um setor que tem pretensões de se qualificar e buscar novos mercados, destacou Ronei.

O presidente da Fiergs, Heitor Müller, defende que o beneficiamento da carne seja realizado dentro do Estado, para assim ser agregado o máximo de valor nos produtos para a exportação, resultando em preços mais elevados e, consequentemente, aumentando a geração de empregos e o acúmulo de renda. Entendemos que esta é uma questão complicada, a exportação do gado em pé é uma preocupação legítima, mas existem interesses de ambos os lados. Temos um mercado livre e que é legalizado, mas por outro lado, precisamos notar que estamos sendo desindustrializados e passar a preservar a nossa matéria-prima.

Segundo o presidente da FTIA-RS, Cairo Reinhardt, nos últimos anos houve a redução de 1,5 mil postos de trabalho, um reflexo da baixa produção e da exportação de animais vivos. O impacto é muito alto na cadeia produtiva, o que está sendo exportado é o que temos de melhor. Precisamos nos perguntar sobre o que está ficando de valor agregado e de lucro para o Estado se a melhor carne está sendo enviada para beneficiamento fora daqui, ressaltou.

Após ouvir as manifestações, Mainardi afirmou que este, em função do conflito de interesses, este é um problema de difícil solução. O primeiro problema é saber até onde cabe ao Estado interferir, possibilitando que a pecuária, assim como os demais elos desta cadeia produtiva, consiga dar um grande salto econômico, disse.

A sugestão do presidente do Sicadergs para inibir esse comércio, no curto prazo, é a cobrança de uma taxa na emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para exportação. Esse é um artifício de sobrevivência, mas não é a solução definitiva. O que precisamos mesmo é de produção de qualidade para o abastecimento da indústria, afimrou.

Texto: Assessoria de Imprensa
Foto: Vilmar da Rosa
Edição: Redação Secom

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