O grupo Copelmi, que estava associado ao Steag no projeto Seival, orçado em US$ 800 milhões para geração de 560 megawatts (MW) em Candiota, garantiu ao governador Germano Rigotto, hoje (26) pela manhã, no Palácio Piratini, a continuidade do que estava planejado, apesar da decisão da Steag de retirar os investimentos no Brasil. O presidente da Copelmi, César de Faria, informou que o grupo já negocia parceria com um novo sócio internacional. Ao comunicar ao governador a determinação do grupo alemão de deslocar os investimentos do país, Marc Grunewald, um dos vice-presidentes mundiais da Steag, e o presidente da organização no Brasil, Artur Wehrum, explicaram que o motivo é a indefinição da política energética do Governo Federal para o setor do carvão. O cronograma exigido pelas empresas acionistas da Steag era de curto prazo, enquanto as regras do Governo Federal para o setor elétrico estão condicionadas ao médio prazo. Mas estamos retomando a condução do Seival, enfatizou Faria. Rigotto assegurou total apoio à Copelmi na execução da obra. Lembrou que a direção da Steag no Brasil já havia comunicado anteriormente a intenção de deixar o projeto no Rio Grande do Sul. O importante, agora, é prosseguir na luta e garantir uma fatia ao carvão mineral dentro do programa energético nacional, disse o governador. Rigotto manifestou preocupação com o retardamento de investimentos em energia elétrica. Cada atraso de um, dois ou mais anos representa alto custo para o futuro próximo, inclusive ao abastecimento energético, disse. Sobre a energia a carvão, observou que ela é fundamental, porque reduz a dependência da hidroeletricidade, que, em caso de seca, compromete a capacidade de geração.