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Grupo Isdra duplica produção da fábrica de Glorinha

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20060125165331ng0601251400-02a.jpg - Foto: Nabor Goulart / Palácio Piratini
O governador Germano Rigotto e os diretores-superintendentes do Grupo Isdra, Alberto e Leônidas Isdra, assinaram contrato do Fundopem para a ampliação da fábrica Fibraplac Chapas de MDF Ltda, em Glorinha, que passará a ser a maior do Brasil. Com um investimento de R$ 280 milhões e a compra de cerca de duas toneladas em equipamentos, a empresa irá implantar mais uma linha de produção de chapas de MDF, com capacidade inicial de 180 mil metros cúbicos por ano, podendo chegar a 240 mil metros cúbicos. A produção deve começar em junho deste ano. A fábrica também irá implantar uma linha de produção de chapas de aglomerado (painéis de madeira), com capacidade de fabricar 480 mil metros cúbicos por ano, e início de produção previsto para 2008. A ampliação da unidade de Glorinha irá resultar na geração de 545 empregos diretos e cerca de 4,4 mil indiretos. As placas de MDF são empregadas como matéria-prima para as indústrias moveleira e da construção civil, substituindo a madeira maciça na fabricação de móveis e em acabamentos de imóveis como portas, janelas, rodapés e rodaforros. As placas de MDF são feitas com o aproveitamento de resíduos florestais e de serraria - toras de madeira com entre 8 centímetros e 15 centímetros de diâmetro - e adição de resinas químicas. O governador destacou que a importância da duplicação da fábrica da Fibraplac vai além da geração de empregos e do aumento na arrecadação do Estado: A duplicação vai ter um impacto positivo em toda a cadeia produtiva da indústria moveleira, pois vai garantir matéria-prima para a produção dentro do nosso Estado. Rigotto lembrou que a indústria moveleira gaúcha, a exemplo do que ocorreu com o setor coureiro-calçadista, também sofreu prejuízos com a política cambial praticada pelo governo federal: Nossos móveis perderam competitividade no mercado internacional devido aos juros altos que se refletem em câmbio irreal. Em abril do ano passado, o Governo do Estado reduziu de 17% para 12%, o ICMS em toda a cadeia da indústria moveleira, têxtil e coureiro-calçadista. Em dezembro, dentro da série de medidas anunciadas para tornar a economia gaúcha mais competitiva, a indústria moveleira e coureiro-calçadistas tiveram prorrogado por mais seis meses o prazo de utilização do ICMS sobre os estoques adquiridos no Estado para transferência a terceiros e foram isentas do imposto na compra de máquinas e equipamentos produzidos no Estado. O MDF vem substituindo a madeira maciça no mundo inteiro, já que é feito de material reutilizado e, portanto, produzido sem que haja a necessidade de derrubar novas árvores. No Brasil, as placas de MDF começaram a ser produzidas em 1997 e no ano passado, o país já possuía uma capacidade instalada de 1,4 milhão de metros cúbicos por ano. De acordo com Alberto Isdra, o material substitui a madeira maciça como matéria-prima em mais de 90% da produção moveleira no Brasil. É a tecnologia permitindo a preservação da natureza, disse Alberto Isdra. Além de seu aspecto ecológico, o MDF oferece facilidades para a indústria que a madeira maciça não tem como suas dimensões: as placas podem ter até 2,75 m de comprimento por 1,85 m de largura. E ainda pode receber investimentos que lhe dá a aparência de madeiras nobres como mogno, carvalho etc. Atualmente, a Fibraplac emprega cerca de 400 funcionários e produz 200 mil metros cúbicos de placas de MDF por ano. Participaram da cerimônia o chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, o presidente e o diretor de Fomento da CaixaRS, respectivamente Dagoberto Lima Godoy e Valter Nagelstein , o prefeito de Glorinha, João Carlos Fialho Gomes, o deputado estadual Luiz Fernando Zácchia e representantes do setor moveleiro.
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