A fundadora da ONG "Tiniguena", Augusta Henriques, apresentou a experiência da organização de Guiné Bissau em uma reunião técnica no Palácio Piratini, nesta quarta-feira (7). No encontro, que reuniu secretarias do Governo do Estado e órgãos nacionais e estaduais da área de segurança alimentar, ela afirmou que a segurança alimentar representa "uma questão de direito e soberania".

Em quase uma hora, Augusta Henriques explicou o trabalho realizado pela ONG Tiniguena, que ajudou a fundar em 1991, junto com outros cinco guinenses. Augusta afirmou que a Tiniguena tem investido na valorização socioeconômica da biodiversidade, assim como na promoção da pequena agricultura camponesa, da segurança e soberania alimentar, além da defesa do consumo local e nacional, do patrimônio genético e dos saberes locais associados à biodiversidade.

Educação
Assistente social com formação em Lisboa, Augusta Henriques chegou a integrar uma equipe de alfabetização comandada por Paulo Freire. Entre outras experiências relatadas, ela comentou da importância da permanência do jovem no meio rural e do programa Juventude e Cidadania, desenvolvido pela ONG Tiniguena, em 20 anos de existência.

Segundo ela, a juventude ocupa um lugar central na ação da ONG, sendo abordada como tema transversal e público prioritário. Ela acredita que "não haverá produção camponesa sem a presença da juventude rural". Após expor a experiência da Tiniguena, Augusta ouviu relatos das secretarias e orgãos governamentais presentes na reunião sobre ações de combate à pobreza, cuja promoção foi da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) em parceria com o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul – Consea/RS.

Fizeram exposição sobre experiências de governo, os representantes das secretarias de Educação (PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar), da SDR (Programa de Compras Institucionais, Compras Coletivas), da Seapa/RS (Agricultura), da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o diretor técnico operacional da Ceasa, Gerson Madruga, que mostrou o potencial da empresa gaúcha na distribuição de alimentos para o Estado.

Texto: Roger da Rosa
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305