Em 9 de junho é comemorado o Dia da Região Autônoma dos Açores. Os gaúchos farão uma homenagem, ao vivo, na sexta-feira (20), na cidade açoriana de Ponta Delgada. Mas, antes disso, os porto-alegrenses tiveram a oportunidade de assistir a pré-estreia do espetáculo preparado para a data.

A Ópera Açoriana levou centenas de pessoas à Rua Duque de Caxias, em frente ao Palácio Piratini, na noite dessa segunda-feira (09), que não se intimidaram com o frio e acompanharam atentas a cada movimento das nove bailarinas, em nove andaimes formando nove ilhas dançantes, representando o arquipélago dos Açores.

Os açorianos creem que as ilhas são o que restou de Atlântida. Pela localização geográfica, o arquipélago sempre sofreu forte impacto dos tremores de terra e fúria do mar. A Ópera Açoriana apresenta a poesia da alma desse povo e sua importância no imaginário do Rio Grande do Sul, para resgatar e valorizar as relações deste povo na formação dos hábitos e da cultura do Estado.

Intercâmbio cultural
No dia 3 de maio de 2013, em Lisboa, os governos de Açores e do estado do Rio Grande do Sul assinaram um Protocolo de Cooperação para aprofundar relações políticas, culturais, comerciais, empresariais e turísticas. A Ópera Açoriana é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura como parte das ações desse protocolo. 

A formação do povoamento
A chegada dos açorianos no Rio Grande do Sul é um marco histórico, constituindo um referencial simbólico que ajudou na formação de nossa cultura e costumes. Há 263 anos ocorreu a primeira vinda de açorianos para o Rio Grande de São Pedro, 60 casais com filhos, cerca de 300 pessoas ao todo, que constituíram o primeiro legado de heranças do nosso Estado. 

Ópera Açoriana- Ficha Técnica:
Direção, roteiro e texto final: Marcelo Restori.
Revisão de texto: Luiz Antonio de Assis Brasil.
Atrizes: Carla Cassapo e Gabriela Chutz
Performers de rapel cênico: Juliana Coutinho (ex-integrante do Cirque du Soleil) e Olena Gradynar (circense ucraniana)
Bailarinas: Aline Karpinski, Camila vergara, Carol Martins, Cris Eifler, Gisele chagas, Iandra Cattani, Ju Rutkowski, Mariana Konrad e Manu Albrecht.
Coreografias: Aline Karpinski.
Cenografia: Luiz Marasca.
Coreografia, preparação e montagem de rapel cênico: Jeremias Lopes.
Desenho de luz: Veridiana Matias.
Trilha sonora: Cláudio Bonder.
Figurinos: Daniel Lion.
Pesquisa açoriana: Gabriela Silva.
Produção: Roze Paz e Suzana (SM-Eventos) 

Texto: Maria Emilia Portella