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Hospital Regional de Santa Maria realiza primeiro implante para tratar doença de Parkinson

Dois eletrodos para estimulação cerebral profunda foram colocados em um homem de 55 anos

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Saúde ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma mulher com um estetoscópio pendurado no pescoço e atrás dela, à esquerda e à direita, dois contornos representando pessoas com estetoscópio pendurado em volta do pescoço. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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Na sexta-feira (20/9), em uma cirurgia realizada no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e que durou seis horas, foram implantados dois eletrodos para estimulação cerebral profunda (DBS) em um paciente de 55 anos com doença de Parkinson. O procedimento, realizado através do Sistema Único de Saúde (SUS), foi o primeiro do gênero realizado na instituição, que pertence ao Estado e é administrada pela Fundação de Cardiologia de Porto Alegre.

O DBS – sigla em inglês para deep brain stimulation – é considerado o procedimento cirúrgico mais eficiente no tratamento do Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso que afeta os movimentos do corpo. Na maioria dos pacientes, ele alivia sintomas como tremores e rigidez, recuperando funções perdidas. O eletrodo é indicado somente para pacientes que não melhoram com medicamentos.

Na cirurgia, realizada pelo neurocirurgião Paulo Roberto Franceschini e a equipe médica do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia (Ceanne) do HRSM, dois eletrodos foram implantados em uma região do cérebro responsável pelo controle de sintomas motores da doença. Na primeira parte, o paciente permaneceu acordado para que pudessem ser realizados testes neurológicos, garantindo o correto posicionamento dos eletrodos. 

Em seguida, já sob efeito de anestesia geral, foi feita a segunda fase do procedimento, com o implante das extensões e do neuroestimulador, dispositivo conhecido como marca-passo cerebral. Após a recuperação no centro cirúrgico, o paciente foi encaminhado na mesma noite para a unidade neurológica, onde permaneceu aguardando a alta sem apresentar sintomas.  

Quando for ativado, em ambulatório, o neuroestimulador passará a aplicar estímulos elétricos. “O implante já diminui bastante os sintomas de forma temporária, mesmo antes de os eletrodos estarem ativos”, explicou o diretor administrativo do HRSM, Geison Farias. “É um orgulho para o Hospital Regional de Santa Maria realizar esse procedimento que trará qualidade de vida ao paciente e o reestabelecimento de suas atividades na vida cotidiana”, acrescentou.

HRSM 

O HRSM é referência da Secretaria da Saúde para tratar pacientes do SUS com doenças neurológicas complexas. A instituição começou a funcionar em 2020, após mais de uma década de espera. Desde então, tem qualificado e ampliado seus atendimentos, realizando cirurgias em pacientes com tumor cerebral utilizando recursos exclusivos do Tesouro do Estado até a sua habilitação federal, que ocorrerá em agosto deste ano.  

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

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