O Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro em que morrem menos crianças até um ano de idade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística anunciou na manhã desta segunda-feira (3) os dados da Tábua da Vida 2006 (disponível no site da instituição). Conforme o IBGE, no ano passado, o Rio Grande do Sul ficou com 13,9 óbitos antes de um ano para cada mil crianças nascidas vivas. Dados da Secretaria da Saúde, que faz os cálculos com dados absolutos de nascimentos e não estatísticos como o IBGE, indicam que o Estado deve fechar o ano de 2007 com um coeficiente ainda menor, de 11,5 óbitos para cada mil. Segundo o secretário da Saúde, Osmar Terra, a mortalidade infantil é o indicador mais significativo na avaliação da saúde, em qualquer lugar do mundo. “Para melhorá-lo é necessária uma rede tão articulada de estruturas e ações eficazes, preventivas e curativas, que acaba influenciando na melhoria de todos os demais indicadores de saúde.” Os dados atuais, diz o secretário da saúde, permitem ao Rio Grande do Sul ambicionar baixar o coeficiente para um dígito já no próximo ano. “Essa vitória se deve a uma política pública focalizada em determinadas metas e indicadores, aplicada por uma equipe qualificada e motivada, com anos de dedicação à saúde pública, capaz de promover uma grande articulação com os municípios. Graças a isso, triplicamos, em quatro anos, as Equipes de Saúde da Família e implantamos, na maior parte do Estado, o Primeira Infância Melhor, um inédito acompanhamento domiciliar dos bebês e do desenvolvimento de suas competências.”, explica. O Rio Grande do Sul também desenvolve um monitoramento semanal dos óbitos infantis. A medida permite a aplicação de ações focais e emergenciais de combate à mortalidade infantil. Pela Tábua da Vida 2006, o Rio Grande do Sul é seguido por São Paulo (16,0/1000), Santa Catarina (16,6/1000), Distrito Federal (17,3/1000), Mato Grosso do Sul (18,5/1000) e Paraná (19,3/1000). Os estados brasileiros com maiores coeficientes de mortalidade infantil são Alagoas (51,9/1000) e Maranhão (40,7/1000). A média no Brasil é de 24,9 óbitos para cada mil nascimentos.