Pensar e debater sobre teatro foi o objetivo do primeiro debate dos Círculos Não há Sol a sós, organizado pelo núcleo de teatro do Programa de Proteção a Jovens em Território de Vulnerabilidade (Protejo), que integra o conjunto ações do Território de Paz Guajuviras, em Canoas, nessa quinta-feira (16). A Secretaria de Estado da Cultura participou do encontro, representada pelo diretor do Instituto Estadual de Cinema, Marcelo Restori, e pelo coordenador dos Pontos de Cultura, da diretoria de Cidadania Cultural, João Pontes.

Mais de vinte integrantes do grupo estiveram presentes na reunião, formando um grande círculo para o debate. Além dos jovens integrantes do grupo de teatro do Protejo (hoje sob a alcunha de Elektrus), compareceram o secretário de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, Eduardo Pazinato, a coordenadora do Protejo, Lucia Grassi, a coordenadora do núcleo de teatro, Roberta Darkiewicz, o GM Acosta, representando o grupo de fantoches da Guarda Municipal, integrantes do Grupo de Teatro De Pernas pro Ar.

O teatro pode ser visto numa perspectiva diferente, um outro ponto de vista, dentro de uma realidade muito difícil vivida por essa comunidade, disse o diretor do IEACen, Marcelo Restori. A coordenadora do núcleo de teatro, Roberta Darkiewicz, disse que a ideia é pensar o que o teatro pode ser além do que se aprende e se faz no espaço do Protejo.

Para o titular da pasta de Segurança do município, falar de um novo modelo de segurança pública é falar de novas formas, intersetoriais, incluindo manifestações culturais como o teatro. É misturar o teatro com a Guarda Municipal, com a Brigada Militar. É romper e construir outro modelo de segurança, observou Pazinato. Para Raquel Durigon e Luciano Wieser, atores e pais do grupo De Pernas pro Ar, Canoas esteve carente por muito tempo na área do teatro. O grupo foi um dos únicos a existir no município durante anos, mas segundo eles, a realidade tem mudado.

Protejo
Um dos projetos do Pronasci, onde jovens bolsistas em território de descoesão social agem como multiplicadores da filosofia passada a eles pelas Mulheres da Paz e pelas equipes multidisciplinares, a fim de atingir outros rapazes, moças e suas famílias, contribuindo para o resgate da cidadania nas comunidades.

Pronasci
O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania é composto por 94 medidas, divididas em Ações Estruturais e Programas Locais. Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) marca uma iniciativa inédita no enfrentamento à criminalidade no País. O projeto articula políticas de segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública.

Além dos profissionais da área, o Pronasci tem também como público-alvo jovens de 15 a 24 anos à beira da criminalidade, que se encontram ou já estiveram em conflito com a lei; presos ou egressos do sistema prisional; e ainda os reservistas, passíveis de serem atraídos pelo crime organizado em função do aprendizado em manejo de armas adquirido durante o serviço militar.

Até o momento, o Pronasci chegou a 150 municípios, ao Distrito Federal e a 22 Estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Texto: Asscom Sedac
Colaboração: Amanda Zulke/Prefeitura de Canoas
Foto: Asscom Prefeitura de Canoas
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305