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Impacto da ciência na construção de resiliência no agronegócio é destaque na Expointer

Pesquisadores e governo debateram como a ciência contribui para proteger o agronegócio gaúcho dos eventos climáticos extremos

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foto mostra quatro debatedores do painel sobre ciência. Eles falam sentados em cadeiras com pelegos claros e estão em frente a uma parede de madeira clara onde há um telão e há uma frase "A grende obra é proteger você" e a logomarca do RS.
Encontro debateu o papel do Estado na interação entre academia, gestão pública e comunidades - Foto: João Felipe Brum/Ascom Expointer

Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, a integração entre ciência e agronegócio se mostra essencial para garantir a produção de alimentos, preservar os recursos naturais e reduzir os impactos ambientais. Essa análise deu o tom à roda de conversa promovida pelo Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, do Plano Rio Grande, na 48ª Expointer, na sexta-feira (4/9).

Pesquisadores e representantes do governo debateram como a ciência contribui para a construção de resiliência do agronegócio gaúcho frente a um novo cenário, fortemente impactado por eventos extremos, como estiagens prolongadas e precipitações intensas.

Articulação

A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, discorreu sobre o papel do Estado na articulação de medidas efetivas, mediando a interação entre academia, gestão pública e as comunidades. Ela apresentou os objetivos do Centro de Referência Internacional em Estudos Relacionados às Mudanças Climáticas (Criec), lançado em agosto pelo governador Eduardo Leite.

Conforme apontou a secretária, o foco do Criec é a promoção de soluções para adaptação e resiliência frente às mudanças climáticas e a mitigação dos seus efeitos, de forma a posicionar oEstado como uma referência para localidades com vulnerabilidade climática. 

“A partir de uma rede de pesquisa formada e fortalecida, poderemos construir políticas públicas mais relacionadas aos desafios do Rio Grande do Sul. Além da conexão com universidades e institutos de pesquisa aqui do Estado, trabalharemos com uma lógica de mobilidade com centros de referência do mundo, para que a gente possa buscar as melhores práticas produzidas e trazê-las para cá”, detalhou Simone.

 Apoio à ciência

O painel contou com a participação do diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), Odir Dellagostin, que abordou o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento voltado a Desastres Climáticos.

“Nesse edital, tivemos 82 propostas aprovadas. São iniciativas que já estão indicando caminhos para que possamos reagir melhor em situações futuras, contribuindo para a sociedade como um todo”, disse.

Também participaram da discussão o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Elvio Giasson, que apresentou um diagnóstico de recuperação da funcionalidade dos solos e cenários futuros para uma agricultura resiliente; e o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Jean Paolo Gomes Minella, que abordou estratégias de conservação de solo e de água em bacias rurais para a adaptação dos sistemas produtivos às mudanças climáticas. Ambos os projetos foram contemplados pelo edital da Fapergs.

Foto mostra uma plateia em um degrau, eles assistem uma palestra, diante de um grande telão, com um slide com a logomarca do RS.
Encontro na Expointer mobilizou participantes em torno das ações diante das questões climáticas - Foto: João Felipe Brum/Ascom Expointer

 
Reunião estratégica

Na segunda agenda do dia, também no estande do governo, o Comitê Científico realizou sua sétima reunião extraordinária, com foco no Centro de Inteligência do Agronegócio. A iniciativa, vinculada à Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), visa a mapear e fomentar oportunidades para geração e agregação de valor aos produtos, negócios e cadeias produtivas do Estado, utilizando inovação, ciência e tecnologia como ferramentas para promover inteligência coletiva e competitividade.

Conforme destacou secretário-adjunto da Sict, Mário Augusto Gonçalves, a escolha da Expointer como palco para essa discussão reforça a relevância do tema para o futuro sustentável do Estado, unindo setores produtivos, governo, academia e sociedade. Ele apresentou um panorama dos efeitos de secas e chuvas intensas em anos recentes, ressaltando que é função do Centro de Inteligência do Agro fazer conexões entre os agentes envolvidos com a pauta. 

“O Rio Grande do Sul está entre as regiões mais vulneráveis no Conesul, com impacto no setor primário e na situação financeira e emocional das famílias. Considerando essa realidade, estamos ouvindo os produtores, as entidades de classe e outros setores, para uma análise e proposição de ações estratégicas e condizentes com a condição atual e as necessidades do setor agrícola”, resumiu.


Texto: Édson Coltz/Ascom Expointer
Edição: Ascom Expointer

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