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Incentivado pela filha, pai realiza sonho de virar atleta e se torna um dos beneficiados do Programa Pró-Esporte do Estado

De Santo Antônio da Patrulha, Tiarles Santos tomou gosto pela ultramaratona ao levar a filha a treinos de corrida

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Foto posada em pista de corrida, ao ar livre, de Tiarles, com roupa de corrida, com várias medalhas penduradas no pescoço. Ao seu lado está Thalyne, de blusa preta. Ambos sorriem, numa tomada em plano americano frontal.
Thalyne foi inspiração para Tiarles investir na paixão pela corrida e conquistar medalhas - Foto: Luís André/Secom

Um presente de Dia dos Pais que já dura nove anos. Foi quando Thalyne, então com 15, encarou o pai com a maturidade de uma adulta. "Eu gosto de correr contigo, mas o sonho de ser atleta é teu, não meu", disse a ele. Incentivado pela filha, Tiarles Santos transformou esse sonho em realidade. O gaúcho de Santo Antônio da Patrulha disputa os maiores campeonatos de ultramaratona do mundo e se aproxima de bater um recorde nacional na próxima competição. Tiarles conta com o apoio do governo do Estado, por meio do Programa Pró-Esporte, da Secretaria do Esporte e Lazer (SEL).

Trata-se de uma história às avessas. Afinal, é mais comum surgirem casos de filhos que herdam dos pais a paixão pelo esporte. Desta vez, no entanto, a filha foi a inspiração, tornando-se o ponto de virada da vida do pai. A saga está ganhando mais um capítulo com a filha mais nova: Maria Clara também está começando a correr, muito por causa dos resultados expressivos do pai campeão. 

De pai incentivador a atleta

Aos 44 anos, Tiarles realiza provas que chegam a mais de 200 quilômetros de distância – mas, no começo, o objetivo era bem diferente. “Eu iniciei levando a minha filha, na época com nove anos, num projeto social em Santo Antônio da Patrulha. Como eu a levava e aguardava o treino, comecei a correr também”, relata.

Foto vertical de corpo inteiro de Tiarles correndo na pista ao ar livre.
Tiarles realiza provas que chegam a mais de 200 quilômetros de distância - Foto: Luís André/Secom

Os caminhos começaram a tomar outra direção a partir do que parecia uma frustração para Tiarles. Thalyne foi convidada a treinar em São Paulo, porém não se adaptou à vida na nova cidade. Ao retornar para casa, seu maior medo era desapontar o pai. Mas a frase do início desta reportagem teve o efeito contrário. Tiarles acolheu prontamente a decisão da filha. “Eu disse que ela poderia ser o que ela quisesse, desde que dedicasse bem o tempo dela, cuidando do corpo e da mente”, lembra.

A partir daí, Tiarles, que até então trabalhava exclusivamente como metalúrgico, passou a construir a sua versão atleta, destacando-se nas ultramaratonas – provas que ultrapassam os 42 quilômetros das maratonas tradicionais. Foi vice-campeão do Caminhos do Caravaggio, de 217 quilômetros, e é o único gaúcho até agora a participar da Spartatlo, icônica prova realizada na Grécia, equivalente a uma Copa do Mundo das maratonas. Chegou ainda à Badwater, considerada a prova mais difícil do mundo, nos Estados Unidos. Nesse período, ainda passou a cursar Educação Física.

A história de Tiarles e Thalyne está contada também nas redes sociais do governo.

Incentivo que faz a diferença

Tiarles lembra com gratidão o início de sua relação com o Pró-Esporte, a Lei de Incentivo ao Esporte, administrada pela SEL. “Quando montei o meu primeiro projeto para concorrer ao benefício, estava apenas começando. Mesmo assim, consegui. Sem o Pró-Esporte, eu não teria condições de arcar com os custos. O esporte de alto rendimento exige muito preparo”, avalia. “Agradeço ao programa pela oportunidade dada com o recurso”, enaltece o atleta, que teve seu projeto de R$ 93 mil aprovado pelo governo do Estado.

O financiamento por meio do Pró-Esporte é indireto, pelo patrocínio de empresas que compensam o valor com o ICMS a recolher. Durante a gestão do governador Eduardo Leite, o programa recebeu mais investimento anual, de R$ 25 milhões para R$ 35 milhões, e executou, pela primeira vez em sua história, 100% do valor destinado.

A iniciativa passou por um processo de democratização, saindo de 14 para mais de 60 modalidades esportivas atendidas. Os projetos inscritos aumentaram de 132 para mais de 2,4 mil, e os contemplados foram ampliados de 83 para mais de 700 – fortalecendo, assim, a capilaridade e o impacto social da iniciativa. O Rio Grande do Sul, agora, está diferente.

DNA esportivo na família

A relação da família Santos com o esporte não para por aí. A filha do meio, Maria Clara, segue os passos de Thalyne e Tiarles e hoje corre provas de 3 mil e 5 mil metros em competições escolares de atletismo. “Depois do esporte, sou outra pessoa. Mesmo que tenha sido uma decisão minha começar a correr, meu pai me influenciou. E, agora, se transformou em uma coisa de família”, valoriza Maria. 

Foto posada, em plano americano, num espaço aberto, de Tiarles com os três filhos: duas moças e um rapaz. Eles sorriem e exibem os prêmios do pai.
Família celebra conquistas do pai - Foto: Luís André/Secom

Os resultados já alcançados por Tiarles dão orgulho à família e ao Rio Grande do Sul – e ele ainda tem muitos objetivos pela frente. Em setembro, pode se tornar o primeiro brasileiro a terminar quatro vezes a Spartatlo. Para isso, conta com a dedicação nos treinos, com o apoio do governo do Estado e, claro, com a energia única que só uma família unida pelo esporte pode proporcionar.

Texto: Vinicius Gaiger/Ascom SEL
Edição: Secom

 

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