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Incubadora pública de Economia Criativa irá incentivar empreendedorismo no RS

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Secretário Victor Hugo abriu encontro com especialistas do Reino Unido, no qual foi apresentado o RS Criativo
Secretário Victor Hugo abriu encontro com especialistas do Reino Unido, no qual foi apresentado o RS Criativo - Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini

O Rio Grande do Sul prevê para 2016 a implementação de sua primeira incubadora pública de Economia Criativa, o RS Criativo. O projeto da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) pretende estimular o empreendedorismo cultural, especialmente na criação de novos negócios nos setores de música, artes cênicas, artes visuais, cinema, animação, cultura popular, literatura, artesanato, TV, rádio, audiovisual, games, mercado editorial, moda, design, arquitetura, software aplicado à economia criativa, gastronomia, eventos e turismo cultural.

O RS Criativo foi apresentado pela diretora de Economia da Cultura e gestora do projeto, Erica Lewis, durante o evento “Diálogos de Economia Criativa entre Brasil e Reino Unido – design, tecnologia e inovação moldando as sociedades”, nesta quarta-feira (14).

O encontro, promovido pelo British Council em parceria com a Sedac, e com patrocínio do BNDES, foi aberto pelo secretário Victor Hugo. O público lotou o Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) para ouvir Thorben Dittes, diretor do Programa de Música Clássica e da Royal Northern Sinfonia do The Sage Gateshead, e Helen Legg, diretora do centro de arte contemporânea e design Spike Island, ambos no Reino Unido. O debate tratou das perspectivas, desafios e soluções com as quais os dois países vêm lidando na última década. 

O projeto terá um espaço na CCMQ para prestação de assessoria e consultoria aos empreendedores gaúchos. Segundo a diretora, existem 384 incubadoras no Brasil, que abrigam 3 mil micros e pequenas empresas e geraram 17 mil postos de trabalho. Atualmente, o faturamento dos setores que compõem a economia criativa no Brasil é de R$ 110 bilhões ao ano. No Rio Grande do Sul, a geração de receita nessas áreas chega a R$ 6,8 bi. 

Erica Lewis destacou, no entanto, que apenas 2% das incubadoras trabalham com cultura. “Vejo este percentual como um desafio e excelente oportunidade. A cultura tem um potencial excepcional de geração de riquezas, mas os pequenos negócios necessitam ainda de apoio para gestão empresarial, e é ofertando este conhecimento que o RS Criativo pretende apoiar os empreendedores e agentes culturais do Estado”.

Regeneração urbana
Porto Alegre foi a primeira parada de especialistas internacionais que vieram ao Brasil para mostrar os resultados da economia criativa no Reino Unido e apresentar soluções às necessidades locais ancoradas nos temas da regeneração urbana, inovação e design. Helen Legg e Thorben Dittes também vão passar por Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Helen é gestora de um centro cultural na cidade de Bristol, a 190 quilômetros de Londres, localizado em uma antiga fábrica abandonada, o que mobilizou a comunidade para transformar o espaço e arredores. Ela conta que artistas de vários segmentos foram os responsáveis por reerguer com as próprias mãos um lugar que atende uma cidade inteira. “No início, o centro cultural era administrado pelos próprios artistas, mas ele cresceu e precisou de uma pessoa que se dedicasse a ele. O espaço é mantido pela pelos frequentadores com a cobrança de ingressos”, contou.

Torben Dittes compartilha da mesma opinião de Helen Legg: a sociedade deve se envolver nos projetos culturais. Ele citou o exemplo de algumas orquestras e salas sinfônicas e teatros erguidos pela mobilização da comunidade e doações de pessoas físicas e jurídicas. 

Texto: Roberta Amaral/Sedac
Edição: Cristina Lac/Secom

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