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Indígenas apoiados pela Secretaria de Desenvolvimento Rural marcam presença na Expodireto Cotrijal

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Participação na feira dá visibilidade étnico-cultural aos povos originários do Rio Grande do Sul
Participação na feira dá visibilidade étnico-cultural aos povos originários do Rio Grande do Sul - Foto: Cristiano Junior/Ascom SDR

Indígenas da etnia Kaingang estão expondo e comercializando produtos criados por eles no pavilhão da agroindústria familiar da 23ª Expodireto Cotrijal. Ao longo dos cinco dias da feira, ocuparão três estandes da feira. Os expositores vêm dos municípios de Carazinho, Nonoai e Porto Alegre.

O trabalho realizado por eles conta com a organização e o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que tem como objetivo dar visibilidade e valorizar a produção dos povos originários, atuando por meio da Divisão de Quilombolas e Indígenas, do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas. 

Alípio Mineiro, morador da aldeia de Pinhalzinho, em Nonoai, no norte do Estado, e um dos expositores destacou o crescimento do espaço dado para os indígenas no evento: “Faz dez anos que venho até aqui e, cada vez mais, fico feliz por ver a importância que vem sendo dada para a exposição dos nossos produtos”.

Oriundo da mesma aldeia, Kyper Biankee Mineiro falou sobre a importância de expor a sua cultura: “O espaço ocupado na Expodireto simboliza uma conquista e uma alegria por podermos mostrar nosso trabalho e nossa cultura indígena para as pessoas”.

Para o titular da SDR, Ronaldo Santini, a participação dos indígenas nas feiras agropecuárias não se restringe à comercialização do artesanato: “Além do comércio, é importante a garantia de visibilidade étnico-cultural dos povos originários e dos modos de vida tradicionais, que são a base de práticas culturais, muitas vezes com o desconhecimento da sociedade, como é o caso da erva-mate e do chimarrão, que também são uma tradição indígena”.

Na manhã de segunda (6/3), durante inauguração do pavilhão, o governador Eduardo Leite e o secretário Santini caminharam pelos estandes e dialogaram com as famílias. 

Apoio aos indígenas

O deslocamento de famílias para a Expodireto ocorre há mais de uma década, para ocuparem espaços destinados à comercialização do artesanato tradicional e à promoção da pluralidade étnica que compõe o Rio Grande do Sul. A secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Não-me-Toque oferece alojamento no pátio do Ginásio Poliesportivo. Como é um local fechado, no centro da cidade, as famílias indígenas têm mais segurança e comodidade, após enfrentarem horas de viagem para chegar até a feira.

Texto: Ascom SDR
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

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