Indústrias não correm risco de desabastecimento de arroz
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Um levantamento realizado no início de novembro pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) não indica o perigo levantado pelas indústrias de arroz do Estado, de que não haveria mais o cereal a venda por parte dos produtores. Os estoques na mão dos produtores e da indústria, levantados pelo Irga, indicam que o arroz existente é suficiente para manter a produção das beneficiadoras. O presidente do Irga, Maurício Fischer, afirma que os preços praticados no mercado gaúcho ainda estão longe do ideal e que não cobrem o custo de produção por saca. “O Estado enfrenta uma crise de preços há pelos menos dois anos”, afirma, ressaltando que leilões de estoques públicos, quando forem necessários, devem, no mínimo, cobrir o custo de carregamento de estoque, em torno de R$ 26. “O custo de produção por saca não sai por menos de R$ 26 e os produtores estão pagando, em vez de receber, para produzir”, diz Fischer. O presidente afirma que a cotação média da saca de arroz em 2007 está abaixo do preço mínimo (R$ 22) e que pode estar havendo terrorismo ao se afirmar que o arroz subirá 20% para o consumidor. “Quando a cotação do produto estava baixa, o preço do arroz não diminuía na mesa do consumidor. Por que agora irá aumentar?”, ressalta. Nessa quinta-feira (27), a saca de arroz foi cotada a R$ 23,63 no Rio Grande do Sul e R$ 22,5 em Santa Catarina. Fischer reitera que o Irga continuará lutando por preços justos e que tragam renda aos produtores gaúchos.