Instituições se unem na luta contra dependência química de apenados
Publicação:

Convênio assinado entre a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a Fundação Patronato Lima Drummond e a Cruz Vermelha dispõe, desde segunda-feira (10), de atendimento psicológico para apenados dependentes químicos acolhidos no Patronato Lima Drummond. A iniciativa integra atividades do projeto Restaurando Trajetórias, cuja previsão de término é 10 de março do próximo ano.
O termo foi assinado nessa segunda-feira (10) pelo presidente da Fundação Patronato Lima Drummond, Nício Brasil Lacorte, pela diretora do Patronato Lima Drummond Maria Felippetto e o representante da Cruz Vermelha Manoel Garcia Junior. A vice-diretora da Fundação Maria Médici também participou do ato.
A diretora do Departamento de Tratamento Penal, Mara Minotto, reiterou que o projeto é um enfrentamento à realidade problemática da dependência química. "Na prática, trata-se de uma excelente ação que desestimula o círculo vicioso das drogas, já que a maioria das prisões dos jovens é fruto do envolvimento com o tráfico", disse.
De acordo com Lacorte, a Cruz Vermelha entra no ambiente prisional com trabalho efetivo contra a dependência química. O presidente da Fundação pediu aos apenados que aproveitem a oportunidade do tratamento, que é totalmente gratuito.
"Vamos fazer nossa parte e vocês devem tentar sair dessa. Um grande número de pessoas pode não conseguir se livrar das drogas. No entanto, se afastarmos definitivamente um ou dois, já teremos atingido nosso objetivo. Mas tenho certeza que vamos ter um resultado muito maior, por que acompanho vocês e vejo o esforço do cumprimento de pena com responsabilidade e de forma pacífica", falou Lacorte.
Fundação
A Fundação, idealizadora do projeto, oferece espaço físico para execução dos atendimentos, que serão desenvolvidos por uma equipe de especialistas da Cruz Vermelha e coordenada pela Susepe. Com duração de seis meses, a previsão de término é 10 de março de 2017 e se desenvolve sempre às segundas-feiras durante três horas.
Patronato
A diretora do Patronato Lima Drummond Maria Felippeto pediu colaboração aos apenados comprometimento.
A listagem dos internos indicados ao projeto será feita pelo Patronato. "Vamos comunicar ao juízo da Vara das Execuções Criminais a relação dos internos ligados ao projeto da dependência química", informou Felippeto.
A equipe técnica da Susepe integrada neste projeto é composta pela assistente social Cintia Estigarribia e pela psicóloga Maria Astarita Soirefmann. A ação será coordenada pela psicóloga e conselheira da Fundação Eloisa Pitrez que vai elaborar um relatório. Ao fim do projeto emite seu feed back sobre os resultados. Caberá a ela também acompanhar e avaliar o projeto em todas as fases de sua execução junto à Cruz Vermelha. O serviço contempla também acompanhamento para dependentes químicos e seus familiares.
Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha executa o convênio conforme plano de trabalho e repassa o pró-labore das técnicas. Também vai apresentar ao final do convênio prestação de contas dos recursos recebidos. Sobre as ações desenvolvidas pela Cruz Vermelha, a responsabilidade cabe a assistente social Marlene Soso e a psicóloga Letícia Rodrigues. Conforme as profissionais, o projeto é piloto e vai atender até 40 apenados do Patronato. "Vamos trabalhar com grupos terapêutico, motivacional, psicoeducação, aplicando a terapia comunitária", informou Letícia.
Texto: Neiva Motta/ Ascom Susepe
Edição: Léa Aragón/ Secom