Instituto Rio Grandense do Arroz e Basf retomam convênio de cooperação técnico-científica
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O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Basf assinaram, nesta quinta-feira (18), convênio de cooperação técnico-científica com a finalidade de desenvolver projetos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. A formalização da parceria ocorreu no auditório do conselho deliberativo da autarquia, em Porto Alegre, pelo presidente do Irga, Claudio Pereira, o diretor de Vendas Sul da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf, Clairton Silva, e o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze. Estão previstas também atividades em difusão e transferência de tecnologias e de planejamento e desenvolvimento institucional conjunto, o que inclui projetos relacionados à Tecnologia Clearfield.
De acordo com Pereira, o convênio retoma a antiga cooperação entre uma empresa de grande relevância no mundo do agronegócio e o mais importante instituto de pesquisa em arroz do Brasil e da América Latina. "Esperamos bons resultados para a orizicultura do Estado e do país", disse. Pereira ressaltou a preocupação do Irga no desenvolvimento de novas tecnologias, procurando o que há de mais avançado no setor e, por isso, buscou se aliar à Basf, por meio de parceria público-privada, reconhecida pelos seus esforços em trazer soluções para a agricultura mundial.
Parceria anterior entre a Basf e o Irga resultou no desenvolvimento do Sistema de Produção Clearfield®, que combina o uso de variedades com resistência aos herbicidas Only e Kifix, fabricados pela empresa. A pesquisa teve início em 1996, e a variedade foi lançada em 2003 com a finalidade de combater uma invasora (arroz vermelho) que atinge cerca de 70% da área de arroz no Estado.
Segundo Clairton Silva, o arroz vermelho é uma das principais plantas daninhas das lavouras de arroz irrigado e a que mais limita o potencial produtivo da cultura. "É importante destacar que a Basf e o Irga estão trabalhando em conjunto para desenvolver novas tecnologias, produtos e variedades, que garantirão aos agricultores a sustentabilidade da orizicultura em médio e longo prazo, sendo fundamental para este incremento o uso de sementes certificadas e produtos recomendados e registrados para a cultura do arroz, o que assegurara a origem e a qualidade do produto final aos consumidores”.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, salientou os avanços obtidos pelo Irga nos últimos quatro anos para o desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz. Ele ressaltou, ainda, que a retomada desta cooperação entre o Instituto e a Basf, que é uma empresa com reconhecimento mundial, além de trazer segurança jurídica para as duas instituições, também beneficia os produtores de sementes e de arroz.
Fioreze também falou sobre a forma democrática com que o Irga trata as suas relações de parceria, que inclui desde os produtores de arroz orgânico e ecológico até grandes indústrias e instituições como a Basf. “Destaco a capacidade do instituto de dialogar e respeitar a todos, o que se constitui na sua marca nestes últimos quatro anos, possibilitando a implementação de ações através de políticas públicas”.
Texto: Luciara Schneid
Edição: Redação Secom