Investimentos em energia chegam a R$ 315 milhões em 2009
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O diretor-presidente do Grupo CEEE, Sérgio Camps de Morais, anunciou, durante reunião-almoço na Federasul, nesta quarta-feira (20), em Porto Alegre, que os investimentos da empresa, em 2009, estão orçados em R$ 315 milhões. Desse total, R$ 60 milhões destinam-se à modernização das unidades geradoras e ao aporte nas parcerias existentes em usinas hidrelétricas, como Ceran e Foz do Chapecó. Outros R$ 130 milhões reforçam o sistema de transmissão, e R$ 125 milhões, o segmento da Distribuição.
Segundo o presidente, parte dos recursos serão captados no mercado financeiro, através de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC). Uma dessas operações, no valor de R$ 130 milhões, está programada para ser realizada no final mês de junho. Há previsão de outra no final do ano.
Camps destacou ainda a importância estratégica das obras da Companhia para o desenvolvimento do Estado, citando as ampliações das subestações Guaíba 2 e Garibaldi como dois exemplos concretos. A primeira, em razão da duplicação da planta da Aracruz, em Guaíba, e a segunda, para a expansão industrial na Serra gaúcha.
Sobre os planos de participar de novos consórcios em geração e transmissão de energia, lembrou que, no início do mês, o consórcio formado entre a CEEE-GT e a Procable Energia e Telecomunicações foi vencedor de um lote de linha de transmissão colocado em leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Trata-se da linha entre as subestações Porto Alegre 9 e Porto Alegre 4, com investimentos de cerca de R$ 50 milhões, com previsão de conclusão para 20 meses e expectativa de criação de 460 empregos diretos no período.
Camps apresentou, também, os resultados positivos alcançados pela empresa no último ano, quando obteve um lucro líquido de R$ 139,8 milhões. Além disso, destacou as diretrizes do planejamento para os próximos anos, que incluem o diagnóstico realizado pelo PGQP (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade) e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da CEEE sobre a CRC (Conta de Resultados a Compensar). A ação transitou em julgado, reconhecendo o direito da CEEE ao crédito, em tramitação desde 1993. Agora, os recursos da CRC transformam-se em créditos e podem ser usados em um encontro de contas entre CEEE e a União. Em função dessa decisão favorável do STF, transita na Justiça Federal da Capital outra ação de liquidação de sentença para definir os valores da indenização, que será, no mínimo, de R$ 1,9 bilhão.
As empresas do Grupo CEEE são formadas, hoje, por 15 usinas hidrelétricas próprias, com potência de 910 megawatss, 105 linhas de transmissão que totalizam mais de seis mil quilômetros de extensão e por um mercado direto de 1,4 milhão de consumidores de energia elétrica em 72 municípios gaúchos.