O Laboratório Central do Estado (IPB-Lacen) processou 503,4 mil análises de vetores, de janeiro a novembro, para atender a demanda dos 497 municípios gaúchos em relação à confirmação da presença do mosquito transmissor da Dengue, do Zika Vírus e da Febre Chikungunya. Desse total, em média, 70% das amostras são confirmadas para infestação do Aedes aegypti. Quando o universo é a Região Noroeste, o índice se agrava atingindo uma média de 92%.

De acordo com a bióloga Fernanda de Mello, responsável pela Seção de Reservatórios e Vetores, o IPB-Lacen tem atuado diretamente na capacitação de profissionais de saúde de forma a integrar as demais ações da Secretaria da Saúde para prevenção, aprimorando na rotina laboratorial a identificação taxonômica de vários vetores de doenças: mosquitos, borrachudos, barbeiros, carrapatos e caramujos (culicídeos, flebotomíneos, simulídeos, triatomíneos, ixodídeos e planorbídeos). Além de exame de infecção natural de triatomíneos, flebotomíneos e planorbídeos. Ações complementares também são desenvolvidas, incluindo o Controle de Qualidade da Rede Laboratorial.

Conforme o diretor do Lacen, Fernando Kapkke, o laboratório também atua, na Seção de Virologia, no diagnóstico laboratorial, processando 5.552 análises no período de janeiro a novembro deste ano amostras de casos clínicos suspeitos, executando o diagnóstico para dengue por meio da pesquisa de anticorpos e identificação dos vírus, referenciadas pelo Ministério da Saúde. “Recebemos os protocolos técnicos detalhados e estamos aguardando junto à Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde o agendamento da capacitação e liberação dos insumos para os diagnósticos de Zika Vírus e Chikungunya pela metodologia de PCR em Tempo Real”, relatou. Dessa forma, as análises para essas duas doenças emergentes passam a ser feitas no estado, reduzindo os prazos para o resultado das análises. Hoje, não existem casos confirmados para Zika Vírus no RS.   

O IPB-Lacen, vinculado à Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), atua como laboratório de referência estadual, coordenando a Rede de Laboratórios de Entomologia, atualmente composta de 80 Laboratórios, dos quais 16 regionais, sete intermunicipais e 57 municipais.
 

Texto: Janis Loureiro/Ascom Fepps/Lacen
Edição: Léa Aragón/Secom