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Karabtchevsky rege a terceira sinfonia de Mahler

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Solista e dois corais estarão interpretando com a Ospa, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, a Terceira Sinfonia em ré menor, de Mahler, nesta terça-feira (19). A obra, de grandes proporções, é um verdadeiro hino à natureza e exige uma orquestra completa, sendo esta a primeira vez que é executada pela OSPA, dando prosseguimento ao Ciclo Mahler escolhido por Karabtchevsky. A premiada mezzo-soprano Denise Sartori interpreta a parte solista, inspirada nos textos do filósofo Nietzsche e na série de canções Des Knaben Wunderhorn, juntamente com o Coro Feminino da Ospa e o Coro Infantil do Projeto Prelúdio da Ufrgs. No 2º Concerto da Série Vermelha, a orquestra presta uma homenagem aos 170 Anos da Assembléia Legislativa do Estado. A Ospa apresenta, ainda este ano, as Sinfonias nº 4 e 9 de Mahler. A Obra A mais extensa sinfonia de Mahler, é a mais suave, a única que não está ligada à morte. Escrita durante as férias em Steinbach-am-Attersee (Áustria), local de bela paisagem, ela trata, também, da ressurreição, porém da natureza, que é a sua essência. Na Sinfonia nº 3 Mahler evoca a ambientação da natureza em três manifestações - sua origem (I), o concreto (II, III e IV) e o divino (V e VI). O compositor definiu os títulos dos seis movimentos antes mesmo de a obra ser escrita. São eles: I - Pan acorda. O verão faz sua entrada (Allegro Moderato); II - O que me contam as flores do prado (Tempo di Minueto); III - O que me contam os animais da floresta (Scherzando); IV - O que me conta a noite [humanidade em algumas versões](Lento. Solo de contralto, baseado no poema O Mensch! Gibacht!? de Nietzsche); V - O que me contam os anjos (Animado. Baseado na coleção de canções da trompa mágica - Wunderhorn, Es sungen drei Engel?) e VI - O que me diz o amor (Adagio). Ao finalizar a Terceira Sinfonia o autor declarou : A minha obra (...) começa com a natureza inanimada e ascende para o amor de Deus. A Solista Vencedora do Torneio Internacional de Cantores, para representar o Brasil em Beijin, na China, a mezzo-soprano curitibana Denise Sartori acumula em seu currículo diversos prêmios importantes, entre eles: o primeiro lugar no concurso Alice and Bert Shawcross, em Manchester, Inglaterra, em 1995 e o Prêmio Ricordi de Ópera por sua atuação na obra de Benjamin Britten, Phaedra. Venceu, também, o Concurso Nacional Pavarotti, sendo a única brasileira a participar, em 1992, do Gala Concert no Philadelphia Opera Theatre, promovido por este mesmo tenor. Denise apresenta-se com as mais importantes orquestras do Brasil, e no exterior, num repertório que inclui música de câmera, sinfônica, oratórios e óperas. Participou por dois anos consecutivos do tradicional concerto The Last Night of the Proms em Manchester (UK) e cantou no Royal Theatre em Londres, no Covent Garden Festival. Pós-Graduada e Mestre pelo Royal Northern College of Music (Inglaterra), Denise cursa, atualmente, o Doutorado em Educação pela European University e é professora e chefe do Departamento do Curso Superior de Canto na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
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