Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Lacen já analisou quase 1,7 mil casos suspeitos de leptospirose

Publicação:

Card em fundo cinza, no qual está escrito Saúde ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma mulher com um estetoscópio pendurado no pescoço e atrás dela, à esquerda e à direita, dois contornos representando pessoas com estetoscópio pendurado em volta do pescoço. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
-

O Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) já analisou 1.679 casos suspeitos de leptospirose entre 2 de maio e 6 de junho. Essa é uma das doenças que mais preocupa as autoridades sanitárias no período posterior às enchentes que atingiram o Estado. Nesse período, o Lacen confirmou 242 casos da doença, sendo 15 deles óbitos.

O laboratório dispõe de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR) e o diagnóstico sorológico. O RT-PCR detecta a bactéria (por meio de seu material genético) presente no organismo do paciente e é opção para análise de amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas. O diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para análise das amostras de pacientes que apresentam sintomas há sete dias ou mais.

Análise de casos suspeitos de leptospirose
Entre 2 de maio e 6 de junho, o Lacen confirmou 242 casos da doença, sendo 15 deles óbitos - Foto: Divulgação Lacen

Por meio do RT-PCR, foram realizadas 543 análises, enquanto pelo diagnóstico sorológico foram 1.136 análises.

Para orientar os serviços de saúde, foi elaborada uma nota técnica com recomendações para coleta, acondicionamento e transporte de amostras para diagnóstico de leptospirose.  

Definição de suspeito e investigação

A nota define como caso suspeito o indivíduo que apresenta febre e mialgia, especialmente na região lombar e panturrilha, e que teve contato com água ou lama da inundação no período de até 30 dias anteriores ao início dos sintomas. Ao apresentar sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco, não sendo necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento.

A investigação laboratorial de casos suspeitos de leptospirose será complementada por exames diferenciais para garantir a elucidação do caso e a investigação dos óbitos. A pesquisa de dengue será realizada para todas as amostras suspeitas de leptospirose, coletadas do 7º ao 14º dia de sintomas.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados. O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios. 

Texto: José Luís Zasso/Ascom SES
Edição: Secom

 

Portal do Estado do Rio Grande do Sul