Lançado livro que reúne resultados do Projeto Alfabetiza Rio Grande
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A publicação que reúne os resultados do estudo que avaliou o Projeto Alfabetiza Rio Grande, promovido pela Secretaria da Educação, com colaboração técnica da Unesco, foi lançada nesta sexta-feira (25) de abril, no Centro Administrativo do Estado, durante as atividades da Semana da Educação. O estudo destaca, entre outras coisas, a formação continuada de educadores que atuam na alfabetização de jovens e adultos. Na ocasião, estavam presentes a diretora do Departamento Pedagógico da pasta, Sônia Balzano, a representante do Escritório Antena da Unesco, Alessandra Schneider, e a consultora responsável pelo estudo, Maria Picawy. Foram avaliados 1.184 alunos de 174 turmas de alfabetização de todo o Estado. No que diz respeito aos motivos que serviram de estímulo para a busca da alfabetização, 29,3% apontou o progresso na vida, 19,2% o trabalho, 14,4% a independência, 11,6% o prazer, 5,4% a obrigação, 5,4% o direito, 5,2% a família e 2% as questões salariais. Do total, 26,4% já participaram de cursos de alfabetização de adultos e cerca da metade possui emprego. A idade média dos alunos ficou em torno de 40 anos. Entre os alfabetizadores, a idade média registrada foi de 39 anos, 60% possuem curso superior completo ou pós-graduação, a renda mensal gira por volta de R$ 1.100,00 e 38% têm menos de um ano de experiência. O levantamento verificou que 65,5% dos educadores são do sexo feminino. Com relação ao desempenho dos alunos, foi verificado que 54,9% dos alunos tiveram avaliação satisfatória em linguagem. O mesmo foi observado quanto aos dados relativos à numerização (matemática), que ficou em 58,1%. Segundo a representante da Unesco, Alessandra Schneider, o projeto estimulou a oferta de Educação de Jovens e Adultos no Estado e ao mesmo tempo buscou qualificar de maneira permanente os alfabetizadores. Alessandra explicou que foram feitos convênios com Universidades públicas e privadas, visando proporcionar subsídios fundamentais para aperfeiçoar o processo de alfabetização de alunos na fase adulta. Alessandra atribuiu ao projeto a queda do índice de analfabetismo no Estado. O percentual passou de 5,8% em 2003, quando foi lançado o Alfabetiza Rio Grande, para 5,2% em 2005, de acordo com informações do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). A coordenadora da pesquisa, Maria Picawy, afirmou que o desenvolvimento do projeto contribuiu para o aperfeiçoamento dos cursos de formação continuada para professores oferecidos pelas instituições de ensino superior. “As universidades se apropriaram das experiências do projeto para aperfeiçoarem seus cursos na área da Educação”, observou. Brasil Alfabetizado Em 2007, o Alfabetiza Rio Grande passou a complementar o Programa Brasil Alfabetizado, promovido pelo Ministério da Educação (MEC). Neste ano os cerca de 1,2 mil alunos estão em processo de alfabetização por intermédio da iniciativa. As aulas são realizadas em escolas da rede pública, centros comunitários, espaços de eventos e até mesmo na residência dos alfabetizadores. Cada educador dispõe de bolsa mensal no valor de R$ 200,00, pagos pelo Ministério, com complementação de R$ 100,00, provenientes do Governo do Estado.