Leany Lemos tem indicação ao BRDE aprovada pela Comissão de Finanças da Assembleia
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Indicada pelo governador Eduardo Leite para representar o Rio Grande do Sul na direção do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Leany Lemos participou nesta quinta-feira (30/7) de sabatina da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa. O parecer do deputado Frederico Antunes, referendando a indicação dela, teve aprovação unânime dos demais parlamentares presentes à reunião virtual da comissão e o expediente agora passará por votação no plenário da Assembleia nos próximos dias.
Pelo rodízio estabelecido entre os três Estados do Sul, Leany Lemos será a primeira mulher a assumir a presidência da instituição.
Ao abordar os desafios para ampliar a oferta de novas linhas de financiamento, ela elencou a necessidade de o banco buscar novas fontes de recursos (funding) em fundos nacionais e também em instituições financeiras internacionais.
“A diversificação do funding é algo que já está em curso no BRDE e deve ser amplificada. O BRDE terá um papel importante na maior disponibilidade de crédito no pós-pandemia para que a economia retome sua normalidade”, apontou Leany Lemos.
Durante a arguição da Comissão de Finanças, ela destacou que o BRDE, nos últimos anos, vem buscando dinamizar a origem de seus recursos. Hoje, a principal composição de fundig ainda é via repasses do BNDES, que corresponde a cerca de R$ 1,65 bilhão de um total de contratação para 2020 previsto em R$ 2,75 bilhões. “Será importante ampliar a nossa carteira. Outras instituições de fomento buscaram recursos inclusive através da emissão de letras de câmbio”, exemplificou.
Além da maior oferta de crédito e de novas linhas de financiamento, a futura representante do RS no BRDE defende uma diversificação na oferta de linhas de crédito e maior proximidade com os clientes, inclusive ampliando a oferta a municípios.
“Uma ideia é criar linhas de crédito sob medida para determinados públicos, como as micro e pequenas empresas e aos jovens. O RS tem um fluxo migratório negativo, mas reter os jovens talentos aqui por vezes depende de apoio a novos projetos”, observou.
Perfil do banco
Leany Lemos destacou também uma preocupação em ampliar as operações com prefeituras, que atualmente representam menos de 2% dos financiamentos. “Viabilizar mais investimentos em projetos de infraestrutura e saneamento significa reduzir custos da produção no setor privado”, ponderou. Ela destacou ainda que o BRDE tem a 16ª maior carteira de operações do país, somando mais de R$ 13,5 bilhões. “É um banco muito sólido, com uma das menores taxas de inadimplência mesmo entre instituições públicas”, acrescentou. Os valores dos ativos somam R$ 16,8 bilhões.
O setor primário, especialmente nos Estados acionistas (RS, Santa Catarina e Paraná), tem no BRDE um importante parceiro e responde por quase 24% das operações de financiamento, patamar semelhante de médias, pequenas e micro empresas.
Além da direção-geral em Porto Alegre, o banco tem agências nos três Estados, escritórios em cidades importantes da região Sul do país e também em Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Quem é
Leany Lemos é mestre em Ciência Política (1998) e doutora em Estudos Comparativos das Américas (2005) pela Universidade de Brasília (UnB), com pós-doutorado no programa Oxford-Princeton Global Leaders (2009-2011). Acaba de deixar a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do RS, mesma função ocupou por quatro anos no governo do Distrito Federal. É servidora de carreira do Senado desde 1993 e professora do mestrado em Gestão Pública no Instituto de Direito Público (IDP) desde 2017.
Texto: Pepo Kerschner/Ascom SPGG
Edição: Marcelo Flach/Secom