O economista Leonardo Busatto foi anunciado como o novo secretário da Fazenda do Estado. Ele assume o cargo no lugar do também economista Marco Aurelio Cardoso, que deixa o governo para se dedicar a questões pessoais. O anúncio foi realizado pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, em coletiva de imprensa no Palácio Piratini, nesta terça-feira (2/8). 

“O secretário Busatto, com a sua qualificação profissional, trajetória e conhecimento de governo, sem dúvidas irá realizar um excelente trabalho. Quero ainda agradecer ao Marco Aurelio Cardoso, em nome do governo do Estado e da sociedade gaúcha, por todo o trabalho desempenhado à frente da Secretaria da Fazenda, desde o início do governo até aqui, participando de todos os projetos estruturantes e transformações que foram fundamentais para o Estado, além de ter sido essencial para a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal”, disse o governador. 

Até então, Busatto era titular da Secretaria Extraordinária de Parcerias (Separ), responsável pela condução do programa para promoção de concessões e parcerias público-privadas (PPP) no Estado. Em um primeiro momento, o secretário irá acumular a liderança das duas pastas. 

No período à frente da Separ, Busatto consolidou os principais projetos previstos no mapa estratégico de governo. Foram concluídas as privatizações da Sulgás e da Companhia Estadual de Energia Elétrica em seus braços de Distribuição (CEEE-D), Transmissão (CEEE-T) e Geração (CEEE-G) – essa última em leilão realizado na última sexta-feira (29/7), na B3, em São Paulo. 

Ainda durante esse período, foi encaminhada a concessão de 1.131 quilômetros de rodovias estaduais à iniciativa privada, com a realização do leilão do bloco 3, em abril de 2022, e a previsão do leilão do bloco 2, já marcado para 1º de setembro deste ano, além de estudos em curso para o bloco 1.

No último dia 20, foi publicado ainda o edital para construção, manutenção e apoio à operação do Complexo Prisional de Erechim, cujo leilão, no modelo de PPP, está agendado para ocorrer na B3,  em 15 de setembro próximo.  

Na Secretaria da Fazenda (Sefaz), Busatto afirmou que a continuidade do trabalho responsável é o principal objetivo. “Esse convite me honra muito, como auditor e como gaúcho. O principal é fazer o encerramento desta gestão da melhor maneira possível, observando questões do Regime de Recuperação Fiscal, da lei de Responsabilidade Fiscal e das restrições eleitorais, concluindo um trabalho que foi muito bem feito ao longo dos últimos três anos”, disse. 

Em seu período à frente da Sefaz, Maurco Aurelio foi responsável pela condução de ações estratégicas como as reformas previdenciária e administrativa, que viabilizaram a reestruturação das finanças do Estado e permitiram que os salários do funcionalismo e os repasses aos fornecedores voltassem a ser pagos em dia, além do processo de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal.  

No encerramento da sua gestão, o economista disse que deixa o Estado grato e satisfeito pela experiência. “Agradeço pela confiança ao longo de todo o governo. Foi um período de mais de três anos que levarei para sempre, com muito orgulho e satisfação por ter participado de coisas tão importantes”, afirmou. 

Perfil

Economista graduado pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), tem trajetória de quase 15 anos no serviço público. 

Em 2006, ingressou na Secretaria Estadual de Planejamento. No ano seguinte, foi admitido em concurso público como auditor fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda. Em 2015 e 2016, atuou como subsecretário do Tesouro do Estado. 

Antes de voltar ao Executivo estadual, foi secretário da Fazenda de Porto Alegre de janeiro de 2017 até abril de 2020, quando passou a ser assessor do secretário da Fazenda do RS. Em janeiro de 2021, assumiu como titular da Secretaria Extraordinária de Parcerias, cargo que ocupava até então no governo. 

Tem pós-graduação pela Ufrgs (Especialista em Administração Pública Eficaz) e pela George Washington University (Theory and Operation of a Modern National Economy).

_{Texto: Carlos Ismael Moreira e Thamíris Mondin 
Edição: Secom}