O primeiro painel do Fórum de Metade Sul - Integração e Desenvolvimento, que começou nesta quinta-feira (1), abordou o tema Políticas de Desenvolvimento e a Logística da Metade Sul. Tendo como moderador o Diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, Lélio Souza, o painel contou com a presença do reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, do Superintendente da Administração de Hidrovias do Sul do Ministério dos Transportes, José Luiz Azambuja, do diretor da Compañia Fluvial Y Lacustre Oriental, Juan Mazzeo e da presidente do Fórum Mesosul, Roselani Sodré da Silva. O principal tema abordado foi a possibilidade de aproveitamento e as condições de navegabilidade da Lagoa Mirim. Segundo Azambuja, transportar por hidrovia é mais viável e mais barato do que por rodovia ou ferrovia. Onde temos alternativas devemos investir. Segundo ele, as hidrovias apresentam-se como solução, principalmente, para o transporte de madeira, especialmente agora, com investimentos em florestamento que aportam na região. O primeiro dia do Fórum também foi marcado pelo painel Por que Investir na Metade Sul, que contou com a participação de diretores da Stora Enso, Votorantim, da PUCRS e do Banco Internacional do Funchal - Banif. José Maria Mendes Filho, diretor florestal do grupo Votorantim destacou que a empresa optou pela região após um estudo que apontava a infra-estrutura existente. A logística, a grande quantidade de terra apropriada e a mão de obra disponíveis, além da proximidade com o Porto de Rio Grande, foram fatores fundamentais para nos decidirmos pela Metade Sul, explicou. Até o final deste ano, o grupo terá investido R$ 310 milhões no Rio Grande do Sul na compra de terra e plantio de árvores. Nos próximos dois anos, deverá estar concluído um estudo de impacto sócio-ambiental que indicará o municio que poderá receber uma fábrica de papel e celulose. A nova unidade deve ser instala no eixo Rio Grande - Pelotas - Arroio do Padre, adiantou. Caso o investimento se confirme, a cifra total deverá superar os US$ 1,3 bilhão. Fórum Ao analisar os propósitos que motivaram o Fórum, o diretor de Operações do BRDE salientou que o desenvolvimento não é um fato espontâneo, deve ser induzido por políticas públicas que contemplem as particularidades de cada região. Ele avaliou como altamente positivo o primeiro dia de atividades do evento. Este seminário auxiliará na aceleração do processo de reconversão econômica da Metade Sul e contribuirá para que os agentes financeiros públicos orientem de melhor forma as suas atuações, destacou, Lélio Souza. Para a presidente do Fórum Mesosul, Roselani da Silva, o Fórum tem como objetivo contemplar as diferenças da Metade Sul e, ao mesmo tempo, promover a concretização das ações para a Metade Sul. Já o reitor da UFPel, César Borges, elencou os fatores que podem contribuir para alavancar o crescimento da Metade Sul. O que é necessário para a Metade Sul progredir: parcerias; relacionamento mais forte entre universidade, empresas/indústrias e uma nova cultura do empreendedorismo. Precisamos sair do imobilismo e ter coragem para mudar, concluiu.