O governador Germano Rigotto assinou, hoje (11), protocolo de intenções entre o Governo do Estado e a Melitta do Brasil Indústria e Comércio para investimento de mais de R$ 4 milhões, pela empresa, na ampliação da capacidade produtiva da unidade de Bom Jesus, inaugurada em janeiro. A regra da Melitta é não divulgar números de produção, mas, de acordo com seu diretor-presidente no Brasil, BernardoWolfson, a planta, que hoje tem jornada de um turno, passará a operar em dois turnos para duplicar o volume de processamento de café. É mais um anúncio que representa geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Sul, um estado que atraiu expressivo número de empreendimentos nos últimos quatro anos, graças à mão-de-obra qualificada que possui e ao ambiente favorável criado pelo Governo do Estado, disse Rigotto. Atuam em Bom Jesus 51 funcionários do total de 500 mantidos pela Melitta, incluindo a outra unidade gaúcha, em Guaíba, e a sede, no município paulista de Avaré. Com a expansão, a empresa pretende chegar a 80 empregados nos próximos anos. Em Guaíba, onde a Melitta produz filtros de papel para café há quase 30 anos, trabalham em torno de 220 pessoas. Líder no segmento de café embalado a vácuo e segunda marca nacional no setor de café torrado e moído, a Melitta considera o Rio Grande do Sul o mercado mais importante no Brasil. A marca lidera também o mercado de filtros de papel, com mais de 50% de participação. Está presente em mais de 60 países, entre os quais o Brasil registra o maior número de vendas depois da Alemanha, onde se originou a empresa, em 1908, na cidade de Dresden, ao norte do país. Apoio Wolfson disse que o apoio do Governo do Estado tem sido fundamental para os novos investimentos no Estado. A ampliação da indústria de Bom Jesus é mais um sinal de que a empresa acredita no Brasil e, particularmente, no Rio Grande do Sul. A aquisição da Café Bom Jesus, em janeiro, foi muito importante para o cumprimento da meta da Melitta de participar cada vez mais no mercado de cafés no país. Acreditamos muito no potencial de crescimento do mercado brasileiro de café, e esperamos que esse empreendimento possa contribuir para isso, afirmou. O diretor-presidente da Melitta no Brasil esteve acompanhado do diretor financeiro, Mário Sérgio Toni, e do gerente, David Luiz Garcia. Em 2004 e 2005, a Melitta do Brasil cresceu, em média, 20% ao ano. Para 2006, planeja desempenho igualmente significativo. São fabricados pela companhia 160 itens, entre cafés e equipamentos e acessórios para o preparo dos produtos. De acordo com prognósticos da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), até 2010 os brasileiros estarão bebendo mais café que os norte-americanos, hoje os maiores consumidores mundiais. Maior produtor de café e segundo maior consumidor, o Brasil deverá chegar ao final desta década aumentando o gasto interno de 16 milhões para 21 milhões de sacas por ano.