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Memorial Erico Verissimo abre para visitação a partir dessa terça-feira

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O auditório localizado no quarto andar do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) ficou lotado durante a cerimônia de inauguração do Memorial Erico Verissimo, nesta segunda-feira (23). Entre os presentes, estavam Luis Fernando Verissimo, filho de
Memorial Erico Verissimo abre para visitação a partir dessa terça-feira

O auditório localizado no quarto andar do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) ficou lotado durante a cerimônia de inauguração do Memorial Erico Verissimo, nesta segunda-feira (23). Entre os presentes, estavam Luis Fernando Verissimo, filho de Erico, o secretário estadual da Cultura, Assis Brasil - representando o governador Tarso Genro -, o presidente do Grupo CEEE, Sérgio Souza Dias, a diretora do CCCEV, Regina Ungaretti, e o presidente da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter.

Para Flávio Loureiro Chaves - um dos amigos do autor a ceder seu acervo para compor o Memorial Erico Verissimo -, o local se torna um centro de excelência sobre a obra do escritor gaúcho. Chaves conviveu com o escritor e foi quem organizou o segundo volume de memórias de Erico, Solo de Clarineta, deixado inacabado por ocasião de sua morte súbita, em 28 de novembro de 1975. O restante do material que compõe o memorial veio do acervo do jornalista e bibliógrafo, Mário de Almeida Lima.

No prédio do CCCEV, localizado na Rua dos Andradas, 1223, na Capital, dois dos seis andares foram destinados ao Memorial. Nesses espaços, encontra-se uma vasta coletânea com mais de três mil itens, divididos entre mais de 34 volumes originais, manuscritos, correspondências, desenhos, fotos, mapas, vídeos, filmes e fortuna crítica. Com isso, o local se torna referência fundamental para quem quer conhecer a obra e o processo de criação do autor de O Tempo e o Vento e do também aclamado Olhai os Lírios do Campo.

A diretora do CCCEV, Regina Ungaretti, afirmou que, com a criação do memorial, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo cumpre sua missão de preservar a memória do escritor. Criar este espaço é atender ao anseio social de guardar e difundir a memória do Contador de Histórias interessado nas pessoas e nos problemas humanos que, a partir de sua experiência e legado nos proporciona hoje, mesmo após mais de 30 anos de ausência, atualidade no seu olhar sobre a vida e sobre o homem, disse.

Luis Fernando Verissimo ressaltou a importância do espaço para que as novas gerações possam conhecer melhor a obra de Erico Verissimo. Segundo ele, o pai foi um dos primeiros autores brasileiros a tratar a temática urbana em seus livros. Um escritor urbano e muito ligado à realidade, ressaltou. Luis Fernando elogiou a disposição do acervo. A melhor maneira de homenagear um criador é com criatividade. E isso não faltou na idealização do Memorial, frisou.

O Memorial, que apresenta um dos maiores ficcionistas brasileiros e um dos autores mais traduzidos no mundo, foi viabilizado a partir da iniciativa e o envolvimento do CCCEV e os patrocínios do Grupo CEEE, Gerdau e Pró-Cultura RS. A produção cultural é assinada pela Backstage. Se alguém quer conhecer o Rio Grande do Sul, procure Erico Verissimo, frisou o presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, ao reforçar a identificação da obra do escritor com o Estado.

O presidente do Grupo CEEE, Sérgio Souza Dias, afirmou que a instituição pensa no desenvolvimento aliado à sustentabilidade, e, para isso, precisa ter também o apelo cultural. Segundo ele, homenagear Erico Verissimo é uma obrigação. Aqui, toda a população vai poder estar muito próximo da obra do escritor, frisou.

Para o secretário da cultura do Estado, Assis Brasil, o exemplo de Eriso Verissimo é importante para as novas gerações de escritores, por ensinar a encarar profissionalmente a literatura.

Originais, Linha do Tempo, mapas em 3D e espaço para público infantil
No terceiro andar do Centro Cultural, os visitantes terão a oportunidade de conhecer originais de obras como Fantoches, uma coletânea de histórias que marcou a sua estreia em 1932, a novela Noite, o segundo livro da trilogia O Tempo e O Vento, O Retrato, publicado em 1951, o segundo volume da autobiografia Solo de Clarineta, e o espaço Nanquinote, dedicado às crianças.

Também será revelador conhecer detalhes do seu processo de trabalho, como as rasuras de seus textos feitas à mão. Temos manuscritos todos com apontamentos, com avanços e recuos que nos permitem perceber que um livro não nasce pronto, é fruto de um trabalho minucioso que pode demorar muito, como O Tempo e O Vento, que levou 15 anos para ser concluído, exemplifica a professora da Ufrgs Márcia Ivana de Lima e Silva, coordenadora do projeto.

Biblioteca O Continente
No sexto andar, a Biblioteca O Continente ganhou novas instalações e mobiliário, dedicados a exibir parte da coleção. O espaço é destinado a estudos e pesquisa para acadêmicos e público em geral. O Memorial tem características únicas pela tecnologia e democratização de materiais com a importância dos que disponibilizaremos de maneira presencial e virtual. Tudo estará digitalizado e disponível também pela internet, explica Regina Leitão Ungaretti, diretora do CCCEV.

Centro Cultural Erico Verissimo - CCCEV
Local:
Rua dos Andradas,1223 - Centro Histórico - Porto Alegre/RS
Telefone: (51) 3228-9710 e 3226-7974
Visitação: terça a sexta, das 10h às 19h. Sábados, das 11h às 18h.
e-mail: cccev@cccev.com.br  
site: www.cccev.com.br  

Texto: Assessoria CCCEV
Foto: Guga Marques
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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