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Memorial resgata a história da Rádio da Legalidade

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Durante as atividades preparadas pelo Governo do Estado para comemorar os 50 anos do Movimento da Legalidade, será inaugurado, no dia 5 de setembro, às 14h30, no porão do Palácio Piratini, o Memorial da Legalidade. No local, foi feita uma remontagem de um dos pontos mais históricos do período, que durou 12 dias, em 1961: a Rádio da Legalidade. Totalmente restaurado, o memorial tem por objetivo resgatar o espírito de luta deste que foi um dos momentos mais importantes da história do Rio Grande do Sul, ressaltando a importância dos personagens que viveram o período do Movimento da Legalidade.

O memorial, que fará parte do roteiro de visitação do Palácio Piratini, terá objetos da época, e durante a inauguração serão expostos o microfone usado pelo então governador Leonel Brizola para fazer o famoso discurso do dia 28 de agosto de 1961 e a metralhadora utilizada por ele. Além disso, documentos, fotografias e vídeos poderão ser visualizados, fazendo com que cada visitante reviva ou conheça parte da história que mudou o cenário político do Estado.

Jornais e revistas da época foram cedidos pelo Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, e permanentemente fazem parte do acervo do memorial. Televisores irão passar vídeos e documentários da história e um computador será disponibilizado aos visitantes, para que possam acessar ao Portal da Legalidade www.legalidade.rs.gov.br. A Rádio da Legalidade foi reconstruída para o Memorial, por meio de um trabalho fiel com réplicas de móveis e equipamentos da época.

A Legalidade foi um movimento liderado pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, para assegurar a posse do vice-presidente João Goulart, o Jango, após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. O Memorial integra a programação do Governo do Estado para comemorar os 50 anos do movimento.

A Cadeia da Legalidade e o discurso de Brizola
Às 3h da manhã do dia 27 de agosto de 1961, Leonel Brizola falou pelo rádio, denunciando o golpe contra Jango. O Ministério da Guerra silenciou as emissoras de Porto Alegre que haviam transmitido o discurso. Ao meio dia, Brizola requisitou a rádio Guaíba, que não teve seu sinal cortado porque não transmitiu o discurso, e em menos de uma hora, os transmissores foram transferidos para os porões do Palácio Piratini.

A rádio Guaíba liderava uma rede de 104 emissoras gaúchas, catarinenses e paranaenses, a Cadeia da Legalidade, que transmitiu todas as mensagens do então governador Leonel Brizola. Às 11h do dia 28, Brizola voltou a falar anunciando a ordem do Ministério da Guerra para bombardear o Palácio Piratini. Pede que as crianças sejam levadas para fora da cidade e conclama todos à luta, na capital e no interior. Forma-se um exército de mais de 150 mil populares.

Texto: Daiane Roldão
Edição: Redação Secom (51)3210-4305

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