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Mercado de trabalho gaúcho segue em expansão no quarto trimestre de 2024

Estudo também apresenta dados referentes ao período de janeiro de 2024 a janeiro de 2025

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Boletim de Trabalho ao centro, logo abaixo de um ícone que representa uma folha de um relatório sobre a qual está colocada do lado direito e ao centro uma lupa. No canto inferior direito do Card está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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No quarto trimestre de 2024, o nível de ocupação – ou seja, o percentual de pessoas ocupadas no período de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar – no Rio Grande do Sul, passou de 62,6% para 63,5%, em comparação ao trimestre anterior, atingindo o maior patamar da série histórica. A Taxa de Desocupação no RS, por sua vez, passou de 5,1% para 4,5%. Na mesma referência comparativa, o indicador também registrou queda no Paraná, de 4% para 3,3%, enquanto ficou estável em Santa Catarina (2,7%), em São Paulo (5,9%) e no Brasil (6,2%). 

Considerando-se o intervalo de janeiro de 2024 a janeiro de 2025, foram gerados 70 mil novos vínculos formais de trabalho no Estado, equivalente ao crescimento de 2,5%. O percentual registrado no Brasil foi de 3,6%. 

Os dados estão no Boletim de Trabalho, divulgado nesta quinta-feira (20/3). A publicação trimestral do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), contempla os desempenhos do mercado de trabalho e do emprego formal no Estado. 

A autoria é dos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho, a partir de informações da PNAD Contínua e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) – base estatística produzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

Apesar do saldo positivo na geração de empregos, o Rio Grande do Sul é o penúltimo colocado dentre as unidades federativas em termos de crescimento, ficando na frente apenas do Mato Grosso do Sul. Os vínculos adicionais gerados no RS durante o período de 12 meses analisado concentraram-se no setor de serviços (53%), com taxa de crescimento de 3,1%. Pela variação percentual, o maior destaque foi o setor de construção, com 4,8%, enquanto a indústria apresentou variação tímida de 1,1%. 

Perfil dos trabalhadores

Seguindo o padrão dos últimos anos, o perfil dos trabalhadores adicionais incorporados ao mercado formal do Estado concentrou-se em jovens de até 24 anos, contra a retração do contingente em faixas etárias a partir dos 30 anos.

Quanto ao gênero, as mulheres representam a maioria dos novos vínculos formais de emprego, com 55%. Em relação à escolaridade, há maior representação de pessoas com Ensino Médio completo ou incompleto: tanto indivíduos menos escolarizados quanto detentores de diploma de Ensino Superior tiveram participação inferior, nas vagas adicionais, à que apresentam no total de empregados.

Regiões funcionais

Para fins de planejamento, o Rio Grande do Sul é dividido em nove Regiões Funcionais (RF). Todas apresentaram variações positivas de estoques de emprego formal entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025.

A menor variação foi verificada na RF4 (Litoral), com 1,1% de expansão. Conforme explica do estudo do DEE, a RF4 possui, também, a menor população entre as regiões, e os vínculos formais não chegam a 70 mil. Sendo assim, eventos isolados envolvendo um ou poucos estabelecimentos têm efeitos acentuados em relação aos vínculos formais. 

Por outro lado, o maior crescimento, de 4,3%, foi registrado na RF9 (Norte). A região é composta por 130 municípios, entre os quais estão dois mercados de trabalho significativos: Passo Fundo e Erechim. Os dois municípios foram responsáveis, conjuntamente, por 6,9 mil dos 12,4 mil empregos gerados na região nos 12 meses analisados. 

Participação feminina na força de trabalho

O Boletim do Trabalho apresenta também um panorama sobre a inserção feminina no mercado gaúcho em 2023, ano da edição mais recente da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do MTE.

Ao final do referido ano, a participação das mulheres no total de empregados formais correspondia a 47,4% dos vínculos contratuais, percentual superior ao registrado no Brasil (44,7%). Dentre os oito setores econômicos analisados, as mulheres eram maioria apenas nos vínculos formais de serviços (53,5%) e, com destaque, na administração pública (65,6%). 

Quanto às remunerações médias, o valor da força de trabalho feminina correspondia a 84,8% do conferido aos homens. O estudo apontou, ainda, que as mulheres têm, em cada um dos setores de atividade, média de tempo de vínculo no emprego inferior à dos homens.

Texto: Karine Paixão/Ascom SPGG
Edição: Felipe Borges/Secom

 

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