No próximo domingo (10), mergulhadores contratados pela Corsan vão iniciar a retirada do mexilhão dourado da tubulação e bombas da captação de água bruta localizada no Arroio das Garças, em Canoas, que também fornece parte da água para abastecimento de Cachoeirinha e Gravataí. Nas últimas semanas a vazão dos três grupos motor-bomba caiu de 1350 litros por segundo para 1190 litros por segundo, quando foi detectada a presença do molusco na tubulação. Para não prejudicar o abastecimento, a Corsan vai fazer esse serviço em três dias entre 7h e 18h, iniciando a operação no domingo e concluindo na terça-feira (12), sendo realizada a limpeza de um grupo motor-bomba por dia. Durante esse período a produção de água será reduzida em 350 litros por segundo, o que poderá determinar falta de água nas zonas mais altas e pontas de redes de Canoas, nos bairros Guajuviras, Estância Velha, Olaria, Rincão Gaúcho e Igara. Em Cachoeirinha estarão mais sujeitos a problemas de abastecimento os bairros Nova Cachoeirinha e Vista Alegre, enquanto que em Gravataí, os bairros Morada do Vale I e II, Vila Planaltina, Cruzeiro, Por-do-Sol, Rosa Maria e Bonsucesso por estarem em pontas de redes e zonas mais altas poderão apresentar deficiências nos horários de maior consumo. O mexilhão dourado, de nome científico limnopema fortunei, é originário da China e foi introduzido na América do Sul provavelmente por meio de larvas vindas nos lastros de navios, sendo identificado em 1991 no Rio da Prata, em Buenos Aires. O molusco se aloja em redes de captação de água, causando a obstrução da tubulação e a diminuição da vazão. A sua presença não altera a qualidade da água distribuída à população. As pesquisas que ainda estão em fase inicial não apontaram um inimigo natural que ajudaria no controle da proliferação do mexilhão dourado. A solução no momento é a raspagem manual dos equipamentos em contato com a água afim de retornar as condições normais de operação.