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Metroplan anuncia reajuste de 6% na tarifa do transporte coletivo intermunicipal da região metropolitana de Porto Alegre

Para minimizar impacto ao usuário, Estado repassará apenas 1/4 do percentual total de aumento calculado para o setor em 2023

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Mallmann e Hörbe apresentaram para a imprensa o reajuste do transporte coletivo da Região Metropolitana - Foto: Ascom Sedur

Após dois anos sem aumento, o valor da tarifa do transporte intermunicipal comum da região metropolitana de Porto Alegre terá um reajuste de 6% a partir de 1º de agosto. O anúncio foi feito pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) por meio da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), responsável pelo gerenciamento dos serviços de transporte por ônibus na Região Metropolitana, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (26/7).

Em 2022, o reajuste calculado em 20,74% foi subsidiado pelo governo do Estado com recursos próprios (R$ 42 milhões) e do governo federal (R$ 38 milhões), num total de mais de R$ 80 milhões. No período, o Executivo estadual sustentou esse custo para que o usuário do transporte público não fosse impactado.

“O último reajuste foi em 2021, então estamos há 24 meses sem reposição da tarifa. Temos uma política tarifária instituída pela Agergs [Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul], que é uma revisão tarifária que acontece a cada quatro anos. Essa revisão repõe todas as perdas desse período. Por isso que, no ano passado, originou um índice de 20,74%, e o que mais contribuiu foi o aumento do diesel”, lembrou o superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe.

Neste ano, após os cálculos elaborados pela Metroplan, com base em metodologia da Agergs, o aumento seria de 24,09% – esse percentual é resultado do cálculo já incorporado à tarifa atual e não repassado ao usuário, mais 2,77% referentes ao reajuste devido em 2023.

Deste total de 24,09%, o Estado repassará ao usuário somente 6%, em novo esforço para minimizar tanto quanto possível o impacto para os passageiros que utilizam o sistema de transporte metropolitano. Para os outros 18,09%, sobre os quais só haverá definição a partir de janeiro de 2024, ainda estão sendo elaborados estudos e alternativas pelo governo do Estado também no sentido de reduzir a repercussão na tarifa para o usuário.

De acordo com números da Metroplan, entre as tarifas praticadas pelas operadoras do transporte da Região Metropolitana, que variam conforme os destinos, cerca de 40% dos usuários paga hoje R$ 5,60. Com o reajuste de 6%, o valor ficará em R$ 5,95 – aumento de R$ 0,35 centavos.

A Metroplan anunciou ainda que para as tarifas de ônibus das modalidades direto, semidireto, executivo e seletivo o reajuste será aplicado na integralidade, ou seja, 24,09%. Durante o período da pandemia, esse modelo alternativo também chegou a ser subsidiado. Agora, a decisão prioriza a minimização de impacto para o modelo comum, com o objetivo de assegurar o acesso ao transporte público para a população de baixa renda.

“O governador determinou a criação de um grupo de trabalho liderado pelo vice-governador Gabriel Souza para trabalharmos a questão do transporte em quatro eixos: integração do sistema metropolitano com o sistema municipal, melhoraria da qualidade do transporte metropolitano, bilhetagem única para todo o sistema e, por fim, regularização do sistema metropolitano por meio de uma licitação. A partir daí construiremos uma política pública de subsídio com as prefeituras para que possamos oferecer à população um transporte de qualidade, mas também com baixo custo”, disse o titular da Sedur, Rafael Mallmann.

Texto: Ascom Sedur
Edição: Secom

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