Militares recebem treinamento para o combate ao mosquito da dengue
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Na manhã desta quinta-feira (22), 90 soldados do Comando Militar do Sul participaram de mais uma etapa de treinamento para o combate ao mosquito da dengue promovido pela Secretaria da Saúde. A pesquisa de campo foi realizada no Cemitério João XXIII, em Porto Alegre, onde foram encontradas larvas de insetos que agora serão identificadas em exames laboratoriais. O resultado deve ser anunciado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) em uma semana. Este trabalho foi coordenado por agentes da secretaria e faz parte de parceria entre exército e governo gaúcho no combate à dengue. Antes da blitz, os soldados tiveram aulas teóricas no Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vinculado à Saúde. A partir de agora, os soldados ficam à disposição do município de Porto Alegre, caso seja necessário. Neste ano, 215 soldados estarão atuando em todo o Estado para combater o Aedes. Em 2006, a parceria colocou em atividade 77 militares. De acordo com Daltro Fonseca, médico-veterinário do Cevs, os soldados receberam ensinamentos de como abordar as pessoas durante as visitas domiciliares. Eles procuram o foco e depois conscientizam a população para evitar latas, garrafas, baldes e pneus com água parada, disse o veterinário. Segundo dados da Saúde, em 2006 houve a notificação de 169 casos suspeitos e a confirmação de 64. Nestes primeiros meses de 2007, a notificação preliminar é de 75 suspeitas, com a confirmação de 24 casos. Todas essas pessoas contraíram a doença no Mato Grosso do Sul, onde ocorre uma epidemia, assegurou Fonseca. O Estado possui o vetor, mas não o vírus, afirmou o secretário da Saúde, Osmar Terra. Atualmente, 41 municípios gaúchos registram focos do mosquito. Terra salienta que o Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os únicos estados brasileiros que não apresentam a circulação do vírus. Segundo Terra, as ações preventivas exigem a participação da comunidade.