A construção da usina hidrelétrica binacional de Garabi, no rio Uruguai, tornou-se prioridade para os governos brasileiro e argentino. Reunidos nessa sexta-feira (20), o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o ministro da Infra-estrutura da Argentina, Julio De Vido, determinaram a imediata realização de estudos técnicos e ambientais da obra, na fronteira entre os dois países, mais especificamente entre o Rio Grande do Sul e as províncias de Misiones e Corrientes. O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, que desencavou o projeto adormecido há mais de 20 anos, comemora a decisão dos ministros. Este é um passo importantíssimo para definirmos os parâmetros legais do empreendimento e, assim, podermos licitar a obra no próximo ano, avalia. A usina de Garabi-Roncador prevê um investimento de até US$ 3 bilhões e a geração de 50 mil empregos diretos e indiretos. Os estudos apontam para a construção de três barragens de 900 MW cada uma, gerando um total de 2.700 MW de potência instalada, cerca de 60% da capacidade de geração própria do RS atualmente.