Missão gaúcha vai prospectar negócios na área de petróleo na Bolívia em setembro
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Uma missão gaúcha de negócios formada por empresários, liderada pela Rede Gaúcha de Fornecedores de Base Tecnológica para o Setor de Petróleo e Gás Natural (Rede Petro-RS) da Secretaria da Ciência e Tecnologia (SCT) vai à Bolívia na segunda semana de setembro para um contato mais direto com as unidades da Petrobras naquele país. A decisão foi tomada hoje (7) em reunião da coordenação da Rede Petro com representantes de 28 empresas. A Petrobras é hoje a maior empresa da Bolívia e a previsão dos investimentos da empresa brasileira no país vizinho até o final deste ano são de 450 milhões de dólares. São investimentos perecíveis, se não formos rápidos, alguém vai apresentar boas propostas antes e vamos perder essa oportunidade, diz o coordenador empresarial da Rede Petro, Marcus Coester. A Petrobras Bolívia vem mantendo um acelerado ritmo de crescimento nos últimos cinco anos. De 1996 a 2001, a empresa investiu mais de um bilhão de dólares em expansão e modernização. O gerente-geral da Petrobras Bolívia, Décio Odone, nos informou há um mês que o ritmo dos investimentos a partir de agora será menor. Então, temos que aproveitar o momento, diz o coordenador-executivo da rede, Marcelo Lopes. A ida da missão gaúcha vai coincidir com a realização da Feira Industrial de Santa Cruz de La Sierra, cidade onde está a sede da Petrobras Bolívia, e que reúne anualmente, sempre no mês de setembro, cerca de um milhão de visitantes de várias partes do mundo. A coordenação da rede vai agora buscar maiores informações sobre as áreas prioritárias de investimentos previstos para os US$ 450 milhões que a estatal quer utilizar em ampliação e modernização até o final do ano. Lopes e Coester enviaram um cadastro para a Bolívia com informações sobre todas as empresas que fazem parte da Rede. De posse das informações, a gerência de Suprimentos da estatal elaborou uma matriz com as possibilidades de negócios das empresas gaúchas com as seis - de um total de oito - unidades da Petrobras do país vizinho. Todas as 90 participantes do cadastro, de acordo com a própria estatal, têm condições de atender as demandas de expansão. Algumas empresas da Rede Petro já estão fechando negócios. Caso da Intecnial, de Erechim, que embarcou esta semana para a Bolívia um comboio com equipamentos para as obras da planta de gás que está sendo montada na localidade de Sabalo. São sete carretas com equipamentos de grande porte destinados ao tratamento de gás combustível na saída dos poços de exploração. Nos próximos dias, Lopes vai manter contato com a Câmara Nacional de Comércio Bolívia/Brasil (presidida pelo próprio Odone) e com a Câmara de Indústria e Comércio de Santa Cruz de La Sierra (Cainco) para a organização da viagem da missão gaúcha. INTEGRAÇÃO - Os empresários que estiveram reunidos hoje pela manhã também debateram a necessidade de haver maior integração entre os próprios integrantes da Rede Petro. Quando a Rede surgiu, há cerca de três anos, nós tínhamos em mente o intercâmbio de informações entre empresas e universidades. Mas também sabemos que só existe incremento de tecnologia com a realização de negócios e é importante que as empresas se conheçam melhor, podendo fechar negócios entre si, ressalta o coordenador-executivo da Rede Petro. As visitas monitoradas às empresas e universidades serão retomadas com esse objetivo. No próximo dia 16, visitaremos a Intecnial e a Universidade Regional e Integrada das Missões e do Alto Uruguai (URI - Erechim), diz Lopes. Existem dez vagas para os interessados em participar da visita. Informações podem ser obtidas pelo telefone 3225.4455, ramal 255.