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Mostra de xilogravura abre dia 24 no Margs

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O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) e a Secretaria da Cultura apresentam, a partir do dia 24, às 17h, a mostra de acervo Xilogravura Gaúcha. A exposição, que fica em cartaz no Café do Margs até 20 de maio, presta homenagem a Zoravia Bettiol, que atualmente expõe uma retrospectiva de 50 anos de carreira nas Pinacotecas do Museu. Xilogravura Gaúcha traz obras de contemporâneos da artista, num total de oito trabalhos de nomes como Vasco Prado, Xico Stockinger, Danúbio Gonçalves e a própria Zoravia. Visitação de terça a domingo, das 10h às 19h. Entrada franca. Homenagem O Margs presta uma homenagem a Zoravia Bettiol expondo xilogravuras de alguns contemporâneos da artista presentes no acervo do Museu. Compõem a mostra obras de Vasco Prado, Xico Stockinger, Trindade Leal, Danúbio Gonçalves, Carlos Scliar, Henrique Fuhro e Glênio Bianchetti, todas concebidas nas décadas de 50 e 60. Completa a exposição uma criação de Zoravia Bettiol do mesmo período. Vasco Prado e Carlos Scliar foram responsáveis pela fundação do Clube de Gravura de Porto Alegre em 1951, onde trabalharam em conjunto com Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves. Os nomes que compõem a mostra Xilogravura Gaúcha foram apontados pela própria artista homenageada, que tem lembranças dessa produtiva época da xilogravura gaúcha e foi uma das grandes responsáveis pela renovação da gravura no Estado. Formada no Instituto de Belas Artes em 1955, Zoravia começou a trabalhar com gravura no ano seguinte, quando foi aluna de Vasco Prado. A partir daí, freqüentar a Fundação Chico Lisboa e as Feiras de Gravura organizadas na Praça da Alfândega proporcionou à artista convivência com grandes representantes da técnica. A artista lembra da amizade com Xico Stockinger, do colega de Instituto de Artes Glênio Biachetti, das temáticas campeiras de Trindade Leal e do aprendizado de gravura com Danúbio Gonçalves, entre outras memórias. Com relação à gravura, Zoravia afirma ter preferência pela xilo. Segundo ela, a madeira tem mais vibração e representa um registro de vida. Xilogravura ou xilografia (do grego “escrever em madeira”), é a técnica de gravar em pranchas de madeira dura, talhadas no sentido da fibra, com instrumentos como cutelo e vários tipos de goivas. Historicamente, a xilogravura foi um processo aos poucos deixado de lado com o surgimento da gravura em metal, com a qual se produziam imagens mais “fotográficas”. No entanto, a xilo é uma técnica bastante considerada no meio artístico em função de seu grande valor artesanal.
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