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Museu Oswaldo Aranha em Alegrete

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É uma noite linda. É claro que não escolhemos a data, nem a hora, tendo estudado que a lua iria nos receber cheia, celebrando este momento que tem toda a mágica a que a cultura é capaz de transportar, quando preservados os momentos da história e as pessoas que a fizeram. Fui apresentada ao projeto, lá na praça, caro prefeito. Quero, dando o meu boa noite a todos, dar a boa noite à comissão, a quem mantém com esta beleza, com este capricho a casa de Oswaldo Aranha. Boa noite aos secretários que estão aqui presentes, que vieram instalar o governo, dar formalidade ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, aqui no município de Alegrete, na prefeitura de Alegrete, no dia 28 de setembro, que é amanhã. Nós quisemos vir antes, exatamente porque vindo antes participamos da abertura de uma sessão de trabalho entre os arrozeiros. E, depois, vir a esta casa, onde eu passei muito rapidamente e conhecê-la por dentro. Aqui tem vida e a vida é algo que a gente perpetua quando preserva a história, que está contida na arquitetura, e depois é feita, com toda a arte, como é feita pela (artista plástica) Tina (Santos). Nós vamos, com muita delicadeza, da parte de vocês, acompanhar a inauguração desta exposição, com todo o cuidado a respeito ao homem que enxergou muito longe. Ele enxergou a humanidade e a homenagem feita pelo (Oscar) Niemeyer é de quem seguiu caminhos e épocas semelhantes. Niemeyer, Oswaldo Aranha e os líderes desta região, como foi Getúlio Vargas, andaram juntos, sonharam juntos um mundo que viria depois. Ao sonharem juntos um mundo que viria depois, fizeram a sua parte da história de uma maneira diferenciada. Nós nos guiamos por valores e por isso escolhemos nos identificarmos, através da nossa alma, com esta terra gaúcha, porque exatamente o que me guia é a busca permanente dos valores que nos fazem sonhar como eles, mas por um futuro, que está mais distante deles, mas que tem neles um ponto importantíssimo de semeadura de fazermos a nossa parte. Cada vez que temos a oportunidade, com a delicadeza, com a maneira de anfitriã, como tem recebido hoje e amanhã o governo do Estado, podemos, de novo, nos alimentarmos vivendo esse momento que é mágico. Se a Zânia (Aranha, prima de Oswaldo Aranha) se emociona, eu imagino como, porque toda a história tu acompanhaste e todos estes movimentos que hão de construir este memorial e que há de fazer do Alegrete uma rota histórica e cultural do Brasil. Ou seja, para aqui chegar tem que ter estrada. Então, eu tenho que fazer a minha parte também. Tenho que fazer a minha parte em vários outros campos. Sem dúvida o faremos, em primeiro lugar, pelo respeito que eu tenho. Quando eu escolhi economia eu quis buscar entender por que há povos mais ricos e outros mais pobres. Por que tanta riqueza que há no mundo se distribui tão mal. Isso a gente aprende na história e economia é um ramo da história. Ela diz assim: se eu aprendo com o passado, como é que hoje eu posso tomar atitudes que poderão melhorar o quadro, que da história resultou, ainda, num mundo tão desigual, tão injusto, mas que gradativamente vai permitir incorporar pessoas através da arte, da memória desta arquitetura, do nosso trabalho cotidiano incorporar aquilo que o passado feito em história é capaz de nos trazer. Eu tenho muita alegria de estar aqui. A delicadeza com que nos tratam, eu recebo em nome do meu governo que está aqui presente. E o fraterno beijo dado pelo prefeito, na verdade, eu retribuo a todos os alegretenses de nascimento e de coração. Esta terra já não tem apenas o que a história trouxe como reconhecimento no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. Eu quero dizer que pela preservação do que já foi e pela criação do novo, como este memorial – que vai ser construído, a partir do projeto do Niemeyer, que tem todos os desenhos da raiz daquele tempo em que eles andaram juntos – que esta terra tem futuro e eu gostaria de poder participar dele, dando a nossa cota de governo durante este período em que somos por eleição, pela democracia, pela maioria, em datas a sermos apenas líderes de um processo que, sem dúvida, haverá de honrar os melhores valores do Alegrete e prepará-lo para o futuro, que é, sem saber o que será o futuro, preparar as pessoas para enfrentarmos o desafio. E, através deste enfrentamento, irmos guiados pela melhoria das condições do nosso Estado. Se o Estado vai bem, o Brasil vai bem, e, se Brasil for bem, é melhor para o mundo. Oswaldo Aranha nos ensinou isto, a maneira de fazermos a guerra para conquistar a paz. Ele foi um conquistador da paz. Este é o nosso caminho também. Obrigada pela recepção ao nosso governo e, em especial, às palavras que a nós foram dedicadas. Um beijo carinhoso a todos os alegretenses de nascimento, de alma e de coração.
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