Está mais seguro caminhar pelo Noroeste gaúcho. Conforme dados do Observatório Estadual da Segurança Pública (OESP) do Rio Grande do Sul, em 2024, Ijuí, Santa Rosa e Santo Ângelo, onde o governo do Estado também está presente, registraram queda de 16% no roubo a pedestres em relação ao ano anterior. Juntas, as três cidades têm mais de 246 mil habitantes e registraram 112 ocorrências desse crime no total.  Em Santa Rosa foi registrado o menor índice (11,3), com menos 57% casos. A cidade teve nove roubos nesta modalidade e não registrou roubos de celulares.

Os dados acompanham os índices de criminalidade, que caíram em todo o Estado do Rio Grande Sul. Furtos de veículos caíram 14% na região das Missões. Santo Ângelo tem uma das menores taxas de roubo de automóveis, 1,7 incidentes por 100 mil habitantes, uma queda de 51% em relação a 2023. Já em Santa Rosa, os furtos sofreram decréscimo de 42%, com uma taxa de 28,3 ocorrências a cada 100 mil veículos, passando de 32 para 19 ocorrências.

Nos crimes contra a vida, Santo Ângelo teve o maior impacto, baixando em 13% os casos de homicídios dolosos, com 14 ocorrências. Em Ijuí, foram 11 casos e em Santa Rosa, 15. Nenhum feminicídio foi registrado em 2024 na região. Indicadores como estes mostram que o Rio Grande do Sul está diferente e por que foi destaque nacional no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, publicado recentemente.

Santo Ângelo teve ainda retração de 54% nas ocorrências em estabelecimentos comerciais, saltando de 70 para 32 casos, enquanto Santa Rosa registrou diminuição de 38%, de 26 para 16. O abigeato, furto de animais domésticos, de carga e para abate, decaiu 31% na região, sendo em Santo Ângelo a redução mais expressiva (-40%).

Trabalho qualificado

De acordo com Charles Dias do Nascimento, delegado da 13ª Região Policial do Interior, a retração dos índices é fruto de um trabalho qualificado de investigações focadas em crimes graves, não deixando de lado os patrimoniais. 

“Desde o início do ano, por exemplo, as operações da Polícia Civil resultaram em 72 prisões na região, decorrentes de operações policiais. Elas são importantes para a redução da criminalidade, pois, além de punir criminosos, inibem novos crimes. Há de se destacar o trabalho integrado entre Polícia Civil e Brigada Militar, principalmente entre os Serviços de Inteligência, em operações de saturação e outras, resultando em prisões e desarticulações grupos criminosos”, disse Nascimento. 

Para o major Itamar Ferreira Walter, comandante do 29º Batalhão de Polícia Militar de Ijuí, esses resultados refletem o trabalho estratégico da Brigada Militar, que tem intensificado o policiamento ostensivo e o uso da inteligência policial na prevenção e repressão aos crimes. “A presença constante em áreas sensíveis, somada à adoção de policiamento preventivo e repressivo, têm sido decisiva para inibir a ação de criminosos", revelou.

Plano Rio Grande

A redução regional da criminalidade indica ainda o alinhamento da RISP Missões - Região Integrada de Segurança Pública - com o Plano Rio Grande, que foi criado para proteger a população, reconstruir o Estado e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. Uma das prioridades do governo Leite, a queda na criminalidade reflete as ações coordenadas que buscam oferecer um trabalho mais eficiente e integrado das forças da segurança pública em todo o RS.

• Passo Fundo e Erechim registram quedas em crimes violentos e contra o patrimônio
• Integração das forças de segurança reduz indicadores de criminalidade no Sul do Estado
• Estado registra queda expressiva na criminalidade e se destaca em ranking nacional de segurança
• Novas medidas do governo do Estado para combater feminicídios são referência no país
• Rio Grande do Sul tem a maior queda do país em roubos a pedestres
• Rio Grande do Sul é o segundo Estado que mais reduziu roubos e furtos de veículos no país
• Rio Grande do Sul reduz número de mortes violentas e avança de oitavo para quarto Estado com menos crimes deste tipo no país
• Rio Grande do Sul registra a menor taxa de roubo de celulares do Brasil

^{Texto: Letícia Jardim/Ascom SSP
Edição: Secom}