Novos soldados da BM se especializam em busca e salvamento
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Os 26 novos soldados da turma de 2013, que optaram por integrar o efetivo do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, serão submetidos a curso de especialização para poder atuar, de fato, na Unidade.
O curso é dirigido ao novo efetivo do GBS e a outros integrantes que necessitam da especialização em busca e salvamento terrestre e aquático de superfície (não inclui o resgate com mergulho). No total, serão 46 alunos, divididos em duas turmas, com aulas nos períodos de 02 a 19 de maio e 25 de maio a 15 de junho.
Cada grupo passará por treinamento intensivo, durante três semanas, na Escola de Formação e Especialização de Soldados (Esfes), em Montenegro. O local conta com uma área de treinamento operacional para ocorrências de grande complexidade, relativas ao atendimento de Bombeiros, que inclui estruturas colapsadas, espaços confinados, mobilidade restrita, salvamento em rio e buscas em mata.
Conforme o instrutor-chefe do curso, capitão Isandré Antunes de Souza, os pilares de atuação do GBS são nivelamento de conhecimento, padronização de condutas e atuação sincronizada. Não existe simulação no treinamento de bombeiros, pois o fogo está ali, a profundidade da água está ali, e os riscos são grandes, destaca o capitão Antunes. Assim, cada um do grupo precisa conhecer o comportamento do outro e reconhecer isso para assumir a dianteira ou recuar, em certas ações, explica o oficial especialista no resgate em estruturas colapsadas.
As aulas
A primeira aula será sobre psicologia das emergências, para que os alunos entendam os fenômenos comportamentais. Mas a grade curricular conta com outras 15 disciplinas, entre elas, técnicas de busca e resgate em estruturas colapsadas, em ambientes verticais, em matas e em espaços confinados; arrombamento e socorro em elevadores; abordagem e resgate a suicida.
Depois de uma semana de aulas teóricas, o grupo partirá para ambientes reais e fará exercícios no cânion Fortaleza, em Cambará do Sul; nas corredeiras do rio Paranhana, em Três Coroas; em áreas de plano inclinado, em Riozinho; e no Centro de Formação Aeropolicial (CFAer) da Brigada Militar, em Capão da Canoa, onde há uma pista de treinamento e plataforma simulada de helicóptero, utilizadas para a preparação de salvamento aquático e rapel, entre outras situações.
O GBS acomoda as equipes de pronta resposta e detém a responsabilidade do emprego de técnicas específicas de resgate e controle de risco em cenários extremos, lembra o capitão Antunes, que acumula experiência de trabalhos em desastres naturais, como nas enchentes de Blumenau (SC), em 2008. Para ele, o aumento de desastres envolvendo múltiplas vítimas requer atenção e atuação especial dos profissionais de resgate. Esse é um dos fatores que move o GBS na busca constante de especialização e aperfeiçoamento de seu efetivo.
Texto: Jussara Pelissoli
Foto: Arquivo pessoal / major Romeu R. Neto
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305